quarta-feira, 29 de junho de 2011

Capitulo 16

Vanessa percebeu que ele a observava, bem vestido como sempre. A não ser que ela estivesse enganada, ele não tinha trocado de roupa, apesar de estar sem a gravata, com os botões da camisa abertos, os punhos dobrados e os cabelos um pouco desarrumados (definitivamente muito sexy, a não ser pela expressão muito séria).
Preocupado? Com ela? Ou simplesmente não conseguia se livrar da raiva?
Zac: Talvez você me queira dar uma explicação?
A pergunta de Zac parecia vir acompanhada de um tom áspero na voz, que ela confirmou no modo como ele a olhou.
Nada melhor do que enfrentar o problema de cabeça erguida.
Van: Comi alguma coisa e depois fui ao cinema. ( Ela o encarou). Eu precisava de um tempo sozinha.
Zac: Você poderia ter atendido ao celular.
Van: Eu atendi. Em determinado momento. (Ela passou por ele e subiu as escadas).
Za: Nunca mais faça isso.
Vanessa virou-se e o olhou indignada.
Van: Ou... o quê?
Zac: Não me provoque. ( A advertência fez com que ela sentisse um frio na espinha).
Van: O mesmo para você.
O silêncio que se formou era quase audível quando ela o desafiou com destemido desprezo.
Tinha posturas alternadas, um misto de fragilidade e força, e conseguia atingi-lo como nenhuma outra mulher jamais o fez.
Olhou-o de cima a baixo, deteve-se por alguns segundos na boca sensual e rapidamente afastou aquele pensamento da cabeça. Vanessa levantou a cabeça em um gesto desafiador.
Van: Não estou com a menor vontade de discutir agora.
O silêncio subseqüente dele teve mais efeito sobre ela do que qualquer coisa que pudesse ter dito.
Por um momento, ela sentiu o prazer da vitória, que logo desapareceu quando foi para a cama.
O banho morno não aliviou a tensão. Entrou no quarto sem saber se estava feliz ou irritada por ele não estar lá.
Enfiou-se em baixo dos lençóis, apagou a luz da cabeceira e ficou no escuro olhando para o teto até o sono chegar.
A segunda-feira foi um daqueles dias em que tudo deu errado. Um retrocesso do planeta Mercúrio? Um demônio irlandês, o Murphy, causando prejuízo e desordem?
Talvez os dois, Vanessa admitiu com raiva quando o secador de cabelos recusou-se a aquecer. Ela não tomou o café-da-manhã, apenas pegou uma banana e um iogurte para comer no escritório e encarou o engarrafamento até a cidade.
Vários compromissos marcados na parte da manhã, com alguns atrasos que obrigavam seu assistente a desculpar-se várias vezes. Ela reiterava as desculpas pessoalmente depois.
O almoço foi pedido pelo assistente, e ela fez a refeição entre ligações telefônicas e reuniões com clientes. No meio da tarde, conseguiu trabalhar no computador, inserindo alguns dados no laptop. Se Deus quisesse, terminaria às cinco horas.
Zac enviou uma mensagem de texto “Encontro de negócios. Não espere para jantar” assim que ela saiu do escritório. Quando estava parada no sinal da rua de casa, o celular tocou.
XxxX: Não espere acordada, querida (uma voz feminina familiar informou com uma leve risada). Pretendo mantê-lo fora até bem tarde. Hilary.
Não era preciso fazer as contas... mas seria a resposta certa ou simplesmente outro ataque da atriz para causar problemas?
A primeira reação de Vanessa foi ligar para Zac e falar a verdade, mas o trânsito começou a andar e ela teve que esperar até chegar em casa.
Quando realmente fez a ligação, caiu direto na caixa postal. Ela hesitou... deixar uma mensagem ou desligar?
Decidiu desligar e esforçou-se para ignorar a dor que sentia no peito.
A possibilidade de Zac estar jantando com Hilary quase a destruiu. Imaginar os dois saboreando um vinho, a refeição... olhares íntimos por sobre a mesa, a expectativa, a promessa. Isso a deixava partida ao meio.
No entanto, havia coisas práticas com as quais precisava lidar. Entrou na cozinha, cumprimentou Rosa e informou-a que Zac estava jantando com um colega.
Era um misto de verdade e omissão.
Van: Por favor, tire o jantar e chame o Enrico para acompanhar você.
Rosa: Mas, e a senhora? (ela perguntou preocupada). Precisa comer.
Só de pensar em comer sentia-se mal.
Van: Fiz um lanche substancial. (Outra inverdade, mas ela não queria dar explicações). Eu como alguma coisa leve mais tarde ( disse com um sorriso nos lábios). Pode ir.
Rosa olhou duvidosa:
Rosa: Tem certeza?
Van: Positivo.
O que ela precisava, decidiu depois que Rosa saiu, era fazer alguma coisa produtiva. Primeiro o banho, ela resolveu, depois vestiria um jeans e uma camiseta e talvez ligasse a televisão e procurasse alguma coisa interessante.
Não adiantou. Sentia-se inquieta como um animal enjaulado, incomodada com a tensão que devorava seus nervos cada vez que olhava o relógio. Empenhou-se em não deixar a imaginação correr solta.
Ela queria ligar para alguém... mas quem? Ashley? Não, ela e Scott tinham um compromisso, um jantar.
Droga. E ela morrendo ali. Certo, então ela foi para o estúdio pintar. Entre as garagens e a casa, ficava numa sala espaçosa, arejada e tinha tudo que ela precisava para entregar-se ao seu dom artístico. Era um hobby, algo que mexia com a alma e os sentimentos dela e proporcionava uma oportunidade para expressar as emoções através da pintura na tela.
Não demorou muito para vestir uma calça velha, outra camiseta e calçar um par de tênis surrado. Pegou o celular, uma garrafa de água e foi para o estúdio.
Havia uma pilha de CDs com músicas que ajudariam a criar o ambiente que queria. Música tranqüila, instrumental, ópera cantada pelo Pavarotti, Bocelli... e, o oposto disso tudo, rock pesado.
Esta noite ela precisava de algo com vigor, de preferência alto. Tempestuoso.
Ela pegou uma tela virgem, selecionou as tintas... e começou. Vermelho, preto, nuances de laranja, tudo moderadamente usado de forma abstrata.
Expressivo, explosivo, algo que um psicólogo levaria um dia inteiro para fazer uma interpretação analítica.
Francamente, ela não daria nada por aquilo. O método de aplicação da tinta sobre a tela servia como uma leve catarse, ela esquecia do tempo.
Zac a encontrou lá, ela não percebeu a presença dele enquanto observava sua linguagem corporal e os movimentos das pinceladas. Ele notou a concentração dela, o traço do mau humor representado na tela de forma intensa e em absoluto contraste com o que ela tinha pintado antes.
A música vinha em um crescente, a voz firme do tenor até alcançar e manter a nota mais alta.
A música era apropriada. Ele caminhou em direção ao aparelho de CD e diminuiu o volume.
Foi então que ela parou, segurando o pincel afastado da tela, enquanto virava-se para olhá-lo.
Ele retirou o paletó e segurou-o sobre um dos ombros. Também já tinha desfeito o nó da gravata e desabotoado os primeiros botões da camisa.
Ou Hilary os teria desabotoado para ele?
Mas tinha que admitir que ele não estava com a aparência de um homem que acabara de ser saciado por uma mulher.
Uma leve gargalhada ficou presa na garganta dela. Será que isso seria visível?
Zac: Parece interessante.
Ela o ignorou por alguns segundos, em seguida perguntou:
Van: Você acha?
Ele aproximou-se da tela;
Zac: Eu imagino que haja uma razão para você ter se trancado aqui em baixo às onze horas da noite?
Ela o olhou com os olhos arregalados:
Van: Você quer dizer, em vez de ficar esperando por você na cama ansiosa para que chegasse?
Os olhos dele se estreitaram:
Zac: A reunião se estendeu até tarde.
Van: Sei.
Zac: Algum problema com relação a isso?
Van: Esta... reunião ( ela começou com um cinismo disfarçado) aconteceu em um restaurante?
Zac: Você quer que eu detalhe o que havia no menu? (Ela fechou os olhos e os abriu em seguida)
Van: Eu tenho certeza de que Hilary terá o imenso prazer em me informar.
Zac: Hilary lhe disse que estava comigo?
A pergunta dele continha uma suavidade mortal que ela preferiu ignorar.
Van: Afirmativo (um homem menor teria derretido com o olhar que ela lançou).
Zac virou-se e colocou o paletó sobre uma cadeira próxima.
Zac: Mais uma vez você preferiu acreditar nas palavras dela e não nas minhas.
O tom era áspero por baixo da voz mansa, e ela ajeitou a postura... mas não chegou nem perto da altura dele. Nem assim ela conseguiu esconder a fragilidade.
Van: Droga, a ligação dela foi logo depois que a sua mensagem entrou.
Zac: Então você somou dois mais dois juntos e concluiu que o resultado era dez.
Van: Eu tentei telefonar para você.
Zac: Eu encaminhei as ligações para a caixa postal, como sempre faço durante uma negociação delicada.
Delicada era provocação. Jogou o pincel em cima dele e, em seguida, um pote de tinta azul brilhante.
O pote de tinta bateu no peito, escorreu pela camisa, bateu no chão, escorreu, fez um semicírculo e parou.
Ele xingou enfaticamente, desabotoou os outros botões, sacudiu os ombros e embolou a camisa.
Sem pronunciar uma palavra, colocou-a sobre um dos ombros e carregou-a do estúdio.
Van: Me bota no chão (Ela batia com as mãos nas costas dele, sem muito efeito). O que você acha que está fazendo?
Zac: Levando-a para a cama.
Van: Vá para o inferno.
Zac: Este é o lugar onde estamos de pleno acordo. (Ele entrou, passou pela ante-sala e subiu as escadas mantendo-a no ombro com certa facilidade).
Van: Dane-se! ( Ela tentava esmurrá-lo sem muito sucesso). Se você não me colocar no chão agora, eu vou...
Zac: O quê? Me bater outra vez?
Van: Pior (dentre as várias possibilidades que passaram por sua cabeça, escolheu a última delas).
Chegaram ao quarto; ele foi direto para o banheiro, segurou-a pelas duas mãos, terminou de retirar suas roupas e foi em direção a ela para tirar-lhe a camiseta.
Van: Não se atreva!
Um puxão, e a camiseta saiu e caiu no chão. Ela estava sem sutiã e lançou um olhar fulminante quando ele segurou-a pelo botão da calça jeans.
Van: Isto é um machismo patético! (A raiva tinha se transformado em fúria e os olhos dela soltavam faíscas).
Zac: É uma palavra nova?
Assim que ele arrancou a calcinha dela, ela abaixou a cabeça e mordeu-o, sem se preocupar onde.
Ela resmungou alguma maldição quando ele tirou-lhe as roupas e roubou-lhe um beijo.
Com uma das mãos ele a segurava pela nuca, e com a outra, na base da coluna dela, mantinha o corpo colado ao dela.
Ele não conseguiu manter o beijo por muito tempo, ela teve um acesso de fúria e começou a bater com as mãos nos ombros dele na tentativa de fazê-lo desistir.
Deus do céu. Eles nunca haviam chegado a tal ponto.
Ela mal podia respirar ou pensar. Mesmo assim, tentou reclamar inutilmente.
Ele levantou a cabeça dela e fechou os olhos diante da boca machucada.
Zac: Meu Deus. ( ele resmungou se auto-recriminando).
Zac estava com os olhos embaçados, quase cinza, e ela engoliu em seco nervosamente quando ele segurou-a pelo rosto.
Vanessa, que estava com o maxilar machucado, ficou ali parada, impressionada com o remorso visível na expressão dele.
Você queria desafiá-lo, ela falou baixinho. Penetrar profundamente nas emoções dele e testar os seus limites. Provocar o tigre...
Bem, agora você conseguiu.
Vanessa soltou um suspiro tremido e pediu:
Van: Por favor. Apenas... me deixe ir.
Ele fez um carinho no rosto dela.
Zac: Não nesta vida.
Ela não conseguia achar uma palavra para se expressar, seus lábios tremiam à proporção que ele passava os dele pela testa dela, acariciando, até que a beijou com tanta ternura que ela desejou chorar.
Zac, com os olhos embaçados, levantou a cabeça dela:
Zac: Se você quiser confirmar, ligue para o restaurante do Hotel Langham e pergunte ao maitre. Ele confirmará que eu cheguei na companhia de um sócio comercial às seis e meia e saí três horas e meia mais tarde.
Hilary... espalhando fofocas e criando confusão.
Vanessa percebeu a sua nudez e a dele. Ela afastou-se, recolheu as roupas, enrolou-se em um roupão e caminhou na direção da porta.
Van: Vou dormir no outro quarto.
Zac: Não.
Van: Você não pode me deter. (Ele poderia, com facilidade). Mas você não o fará (disse ela com a voz mais calma, lendo os pensamentos dele e resistindo à tentação de bater a porta atrás de si).
Era bem provável que as camas não estivessem prontas, então ela pegou lençóis e cobertor e foi para o outro quarto no lado oposto da casa.
A que preço? Ela se lamentava enquanto ajeitava o travesseiro na cama pela milésima vez.
Dormir nunca pareceu tão difícil, mesmo assim ela deve ter cochilado, pois quando acordou já era dia claro e estava sozinha na enorme cama que dividia com Zac.
Como poderia...?
As perguntas logo vieram à tona: como teria ido parar lá? Fizeram sexo?
Ela saberia. Ela não sentiu...
A noite passada, pintando, a cena no estúdio, o banheiro... lembrava-se de tudo. Então, sentiu-se inquieta também.
Será que Zac contou a verdade?
Droga, ela precisava saber.



Cenas do próximo capitulo....

"Hilary: Agradeça a ele pelo presente, a mesa é maravilhosa.
Hilary desligou e Vanessa quase arremessou o celular contra a parede mais próxima."


"Zac: Estou quase embarcando no vôo.
Van: Certo.
Ela ainda ouviu a risada discreta dele:
Zac: Espere por mim..."



Comentem muitoooooo!!!!!!



Kisses for you!!!!!!!!!!

11 comentários:

  1. AMEI
    Muito intenso
    Ansiosa pelo o proximo
    posta logo
    beijinhos

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  2. aaaaaaaaaa
    adoreiiii
    tadinho do zac e pq nao assumem de uma vez esse amor genteh..ath na cara ..ôh povo burro.kkk
    beim q uma gravidez de surpresa ajudaria em algo
    bjs
    postah logoh..nun aguentoh esperar tanto
    kkk

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  3. AMEI PERFEITO!!!!
    que cap lindooo o zac é demais
    não é a toa que eu vivo por ele!!!!
    posta logo bjss

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  4. acho tbm que uma gravidez ia ficar legal !kkkkkk
    ta lindoo , POSTA LOGOOOOOO !

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  5. Oii, eu sou a Keth, sou nova no blog.... Adoro a história, você poderia divulgar meu blog?
    http://apenasmomentos-kath.blogspot.com/

    Obrigado, beijos

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  6. Oiie Oiie, leitora nova, estou amando sua historia amor, eles tem que se assumirem logo *--*

    poosta logo please, beeijos.

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  7. acho q jah lii o capitulo umas 3 vezes..kkk isso q é vicio e vii tbm jah concordaram coom imnha ideia da gravidez..qm sabe assim eles nao tomam jeitoh e assumem esse amor neh..aaa e mais ta na hora do zac sofrer um cuiminho tbm neh...num é justoh so a van passar por isso
    é so algumas ideias se quiser use se nao...vou amar do msm jeitoh..amo o casal mesmo separados atualmente
    bjs
    e postah logo..nao é querendo ser chatah nao mas 1 capitulo por vez eu acho pouko...falto morrer de curiosidade pra saber o vai acontecer
    kkkkkk

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  8. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
    Que ódio!
    Que vontade de matar a idiota da Hillary!
    Ai que raiva!
    Amei amei amei o cap!
    Perfeito!
    Posta logo
    Bjos amorê

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  9. Boa Noite Girls!!!

    INFELIZMENTE... Hoje não tem post.... estou fazendo alguns trabalhos aqui.... :(((
    Estou adorando os comentários e as sugestões! :)
    A parte do ciuminho do Zac logo aparecerá... rs
    A questão da gravidez, não sei se vai ocorrer.... ou sei??? kkkk

    continuem acompanhando.... E comentando.

    Bjosssssss

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  10. aaaaaaaaa
    vlw por ler minhas ideias
    aa e tewm q ocorrer siim uma gravidez..como eu disse ..é uma boa chance de uni-los de uma vez..qm sabe um filho nao faça com q eles adimitam o sentem um pelo outro
    ...
    bjs
    postah logoh vai
    e postah mais de um capitulo se nao for pedir d+ é claro..é q amo ler essa historia..me enterecei desde o primeiro capitulo

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