Capitulo 07

Ele já tinha se trocado, agora vestia calça preta e camisa branca de cambraia. Ela olhou o relógio e percebeu que era preciso trocar a roupa casual por algo mais apropriado.
Os avós chegariam separados por volta das quatro e meia, tomariam uma taça de vinho, comeriam alguns petiscos e conversariam. O jantar seria às seis e meia e o café, às nove horas. Depois disto, Anjélica e Harrison partiriam às dez horas.
O estilo dificilmente mudava, Vanessa admitia ao vestir uma calça preta e uma blusa de seda branca. Ela maquiou-se, passou um pouco de um delicado perfume, calçou sapatos de salto alto e voltou para a cozinha.
Minutos depois, notou que a sala de jantar estava perfeita. Ela aprontou vários pratos com petiscos, verificou os últimos detalhes e olhou o relógio.
O interfone do portão principal anunciou os convidados na hora marcada. Ela foi para a sala de espera, enquanto Zac abria o portão eletrônico.
Quem estaria chegando primeiro, Anjélica ou Harrison?
Ambos eram extremamente pontuais, mas era inerente à necessidade de terem uma margem... (os avós não conseguiam ficar sem competir entre si)
Zac apontou para o monitor do circuito interno de segurança.
Zac: Quer confirmar? (eles tracaram um olhar divertido)
Van: E estragar a surpresa?
Harrison, por questões de segundos, vinha na frente pela entrada da garagem com sua Ferrari vermelha. Vanessa acertou quando Zac abriu a suntuosa porta dupla de correr da sala. Anjélica vinha seguindo-o logo atrás no seu convencional Bentley.
Harrison riu da extravagância de Anjélica quando desceram de seus carros, e deixou-a entrar na frente.
Anjélica: Ah (exclamou em protesto). Você deveria se envergonhar de dirigir esse carro na sua idade.
Harrison: Por quê? Este carro satisfaz a criança que tenho dentro de mim.
Anjélica: Criança é a palavra-chave.
Harrison: Ainda vou convencer você a dar uma volta comigo e mudar a sua opinião.
Anjélica Seria preciso que toda a cidade de Veneza fosse inundada antes de eu entrar nessa engenhoca.
Vanessa revirou os olhos enquanto cumprimentava a avó com os costumeiros beijinhos na bochecha. Harrison fez um gesto parecido.
Van: Vocês dois parecem bem.
Ela aceitou com prazer o cumprimento familiar enquanto deslizava... não havia outra palavra para descrever a postura de Anjélica... para a sala principal.
Van: Chá, Nonna?
Anjélica: Grazie.
Zac: Expresso, Harry? (Ele evitava chamar Harrison de avô, para que não se sentisse velho).
Anjélica: Muita cafeína (ela advertiu). Você não vai dormir.
Harrison: Vecchia, eu durmo bem.
Anjélica: Você gostaria de ser chamado de vecchio? Mulher velha, homem velho... (cinco minutos tinham se passado, e eles já estavam se metendo em uma guerra verbal).
Van: Vocês querem que eu sirva pistolas em vez de chá e café? ( Droga, ela já estava entrando no clima deles).
Anjélica deu um sorriso amigável.
Anjélica: Cara, traga o café do vecchio. Ele obviamente precisa disso.
Harrison: Não esqueça de acrescentar uma dose de grappa. — O riso debochado de Harry parecia diabólico.
Anjélica não desistia.
Anjélica: Antes do jantar?
Harrison: Vecchia, eu sempre começo assim. (Ela sabia muito bem disso. Vanessa esperou pela resposta, mas sua avó apenas resmungou.
Anjélica: Hum, hum.
Harrison: Você deveria seguir o meu exemplo. (Anjélica resolveu ignorá-lo e voltou-se para a neta).
Anjélica: Você tem algo para me contar?
Agora, havia uma pergunta capciosa, se é que já não havia antes. Vanessa resolveu a situação com cinismo.
Van: Zac pode contar enquanto preparo o chá e o café.
Fazendo jogo-de-empurra? Ela pôde perceber o questionamento silencioso e a expressão irônica de Zac e tentou escapar.
Chá, café e conversa... a conversa já estava encaminhada e livre das argumentações cínicas dos avós.
Será que Zac deu algum conselho? Possivelmente. Uma estratégia excelente, ele era imune até mesmo ao argumento mais persuasivo.
Anjélica: Vanessa vai me mostrar os jardins (ela levantou-se e sugeriu que Vanessa fizesse o mesmo). Quando voltarmos, tomaremos um vinho antes do jantar.
Anjélica: O ar fresco abrirá o apetite (Zac observou os movimentos de Vanessa e lançou um olhar reflexi¬vo para o avô.
Zac: Harry?
Anjélica: Por que incomodá-lo?
Harrison lançou um olhar debochado para Anjélica.
Harrison: Minha querida, será um prazer caminhar com você pelos jardins ( disse de forma debochada).
Anjélica: Idiota. (A resposta foi malcriada, porém em tom baixo)
Anjelica: Ah, é. Pense no prazer que isso me dará. (ela murmurou algo inaudível e que estava longe de ser lisonjeiro).
O ar da tarde estava começando a esfriar e havia um prenuncio de chuva conforme o sol se punha no horizonte.
O jardim estava constantemente bem cuidado, aparado, com arbustos precisamente bem plantados, uma topiaria impecável, o gramado verde. Tudo isso era resultado do trabalho de Enrico e de um jardineiro que contratava com freqüência.
Anjélica: As rosas vão ficar um espetáculo. Aliás, todas as flores.
Vanessa concordou. Sua avó adorava plantas. Era só adubar a terra e molhar que as sementes brotariam em perfeito estado. Usar os inseticidas corretos, de preferência os naturais.
O jardim de Anjélica era algo para se admirar, tanto as plantas internas como o jardim externo que era repleto de flores exóticas.
Enquanto a Efron-Hudgens representou sua vida profissional, o jardim e as plantas assumiram um segundo lugar em sua vida.
Agora que o casamento entre Vanessa e Zac estava consumado, ela estava ansiosa pela chegada de um bisneto.
Juntas, examinavam o solo, uma diferença de quase cinqüenta anos separava as gerações. Apesar de Anjélica se manter sempre bem cuidada com vários tratamentos estéticos e cuidados com a saúde. Enquanto isso, o avô caminhava tranqüilo com o neto. Harrison, assim como Anjélica aparentava ser bem mais novo do que era.
Vanessa percebeu a tradição, o vínculo de união que os mantinha juntos, e apreciou a necessidade de manter isso.
Uma criança merece dois pais amorosos.
Quem se atreveria a sugerir que uma criança proveniente de tal casamento não seria amada e adorada?
Como mãe, seu amor seria incondicional... e Zac? Ela o imaginava sorrindo e carregando a criança nos ombros, sem falar no prazer da paternidade.
Seria pedir muito que isso virasse realidade?
Saber que ela era o amor da vida dele, o único!
Com certeza, Vanessa deduziu. Era o mesmo que nevar no verão.
E quanto a Hilary? A atriz glamourosa bem que poderia desaparecer em breve.
Então, tire a cabeça das nuvens e enfrente a realidade, um pequeno diabinho azucrinava.
Anjélica: Diga a Enrico que um pouco mais de estrume será maravilhoso.
Vanessa voltou para a realidade.
Van: Tenho certeza de que ele vai adorar o seu conselho.
Zac: Está esfriando — (Ele disse passando o braço pela cintura dela). Podemos entrar?
Eles estavam na presença dos avós... os incentivadores desse casamento que certamente sabiam que não se tratava de uma união amorosa. Portanto, não havia necessidade de manter nenhuma simulação.
Ela lhe lançou um olhar de avaliação, mas não conseguiu captar nenhuma expressão.

“Nota da autora: Nem eu entendo como Vanessa não percebe as demonstrações de amor de Zac... burra... kkk”

O momento foi interrompido quando ela sentiu umas gotas de chuva em sua bochecha. Eles entraram rapidamente assim que começou a trovejar e relampejar.
O jantar foi um sucesso, todos os pratos receberam elogios.
Anjélica: Rosa se superou.
O elogio de Anjélicaa era verdadeiro e arrison ergueu a taça em um brinde silencioso e estalou os lábios para demonstrar aprovação.
Harrison: Tudo estava excelente.
Vanessa observou Zac se ajeitar na cadeira e retribuiu seu olhar pensativo com tranqüilidade.
Van: Vou trazer a sobremesa.
A deliciosa sobremesa deu o toque final ao jantar e ganhou elogios enaltecedores de Harrison, que adora qualquer doce.
Van: Podem ir para a ante-sala enquanto preparo o café. — A sugestão pegou Harry no segundo pedaço de pudim.
Harrison: Rosa saiu esta noite? (Vanessa não perdia o ritmo).
Van: Não havia necessidade de ficar.
Anjélica: Neste caso, ajudarei a desfazer a mesa. (começou a retirar a louça, enquanto Vanessa pegava as travessas).
Van: Você é convidada ( ela retrucou com um sorriso).
Anjélica: Sou da família. (O argumento não foi suficiente para demovê-la da idéia de fazer tudo sozinha).
Harrison: Deixe a menina sozinha, ela não a quer na cozinha dela.
Ele recebeu um olhar penetrante como resposta.
Anjélica: Você não entende nada de cozinha.
Harrison: Eu moro sozinho. Como acha que as refeições aparecem na minha mesa?
Anjélica limpou a garganta.
Anjélica: Você tem empregada.
Harrison:  E daí? Você também. Zac olhou para os dois e se posicionou entre eles.
Zac: Vamos para a ante-sala?
Vanessa ligou a cafeteira enquanto colocava a louça e os talheres na máquina de lavar. Pegou uma bandeja, encheu o bule com o café perfumado e encaminhou-se para a ante-sala a tempo de ouvir Anjélica questionando Zac.
Anjélica: Você usará todas as medidas de persuasão necessárias?
Ela colocou a bandeja na mesinha, encheu todas as xícaras e serviu-as.
Van: Vão me explicar do que se trata?
Anjélica: Sua gravidez. Anjélica retrucou sem rodeios.

Cenas do próximo Capitulo...

"Van: Suponho que esta não seja uma visita social. Ele pegou o jornal dobrado e entregou a ela.
Zac: Saiu na edição de hoje.
Não era um trecho de um jornal local, ela percebeu, mas um de grande circulação.
Ela foi até a página de fofocas sociais, localizou a foto de Zac e Hilary, leu a legenda e esforçou-se para controlar o nó que sentiu no estômago."


"Van: Não preciso da sua proteção ( disse ela com frieza, sentindo que o olhar dele movia-se com dificuldade diante da raiva contida que ela percebeu por baixo de todo aquele controle dele).
Os músculos da mandíbula de Zac se contraíram."

P.S.: Esqueci de mencionar que essa história pode conter cenas proibidas para menores...rsrs... então não me responsabilizarei pelos próximos capitulos hein.... kkk

Se der tempo posto outro ainda hj... mas não posso garantir... comentem...




Beijosssssssss!!!!!!