quarta-feira, 29 de junho de 2011

Capitulo 16

Vanessa percebeu que ele a observava, bem vestido como sempre. A não ser que ela estivesse enganada, ele não tinha trocado de roupa, apesar de estar sem a gravata, com os botões da camisa abertos, os punhos dobrados e os cabelos um pouco desarrumados (definitivamente muito sexy, a não ser pela expressão muito séria).
Preocupado? Com ela? Ou simplesmente não conseguia se livrar da raiva?
Zac: Talvez você me queira dar uma explicação?
A pergunta de Zac parecia vir acompanhada de um tom áspero na voz, que ela confirmou no modo como ele a olhou.
Nada melhor do que enfrentar o problema de cabeça erguida.
Van: Comi alguma coisa e depois fui ao cinema. ( Ela o encarou). Eu precisava de um tempo sozinha.
Zac: Você poderia ter atendido ao celular.
Van: Eu atendi. Em determinado momento. (Ela passou por ele e subiu as escadas).
Za: Nunca mais faça isso.
Vanessa virou-se e o olhou indignada.
Van: Ou... o quê?
Zac: Não me provoque. ( A advertência fez com que ela sentisse um frio na espinha).
Van: O mesmo para você.
O silêncio que se formou era quase audível quando ela o desafiou com destemido desprezo.
Tinha posturas alternadas, um misto de fragilidade e força, e conseguia atingi-lo como nenhuma outra mulher jamais o fez.
Olhou-o de cima a baixo, deteve-se por alguns segundos na boca sensual e rapidamente afastou aquele pensamento da cabeça. Vanessa levantou a cabeça em um gesto desafiador.
Van: Não estou com a menor vontade de discutir agora.
O silêncio subseqüente dele teve mais efeito sobre ela do que qualquer coisa que pudesse ter dito.
Por um momento, ela sentiu o prazer da vitória, que logo desapareceu quando foi para a cama.
O banho morno não aliviou a tensão. Entrou no quarto sem saber se estava feliz ou irritada por ele não estar lá.
Enfiou-se em baixo dos lençóis, apagou a luz da cabeceira e ficou no escuro olhando para o teto até o sono chegar.
A segunda-feira foi um daqueles dias em que tudo deu errado. Um retrocesso do planeta Mercúrio? Um demônio irlandês, o Murphy, causando prejuízo e desordem?
Talvez os dois, Vanessa admitiu com raiva quando o secador de cabelos recusou-se a aquecer. Ela não tomou o café-da-manhã, apenas pegou uma banana e um iogurte para comer no escritório e encarou o engarrafamento até a cidade.
Vários compromissos marcados na parte da manhã, com alguns atrasos que obrigavam seu assistente a desculpar-se várias vezes. Ela reiterava as desculpas pessoalmente depois.
O almoço foi pedido pelo assistente, e ela fez a refeição entre ligações telefônicas e reuniões com clientes. No meio da tarde, conseguiu trabalhar no computador, inserindo alguns dados no laptop. Se Deus quisesse, terminaria às cinco horas.
Zac enviou uma mensagem de texto “Encontro de negócios. Não espere para jantar” assim que ela saiu do escritório. Quando estava parada no sinal da rua de casa, o celular tocou.
XxxX: Não espere acordada, querida (uma voz feminina familiar informou com uma leve risada). Pretendo mantê-lo fora até bem tarde. Hilary.
Não era preciso fazer as contas... mas seria a resposta certa ou simplesmente outro ataque da atriz para causar problemas?
A primeira reação de Vanessa foi ligar para Zac e falar a verdade, mas o trânsito começou a andar e ela teve que esperar até chegar em casa.
Quando realmente fez a ligação, caiu direto na caixa postal. Ela hesitou... deixar uma mensagem ou desligar?
Decidiu desligar e esforçou-se para ignorar a dor que sentia no peito.
A possibilidade de Zac estar jantando com Hilary quase a destruiu. Imaginar os dois saboreando um vinho, a refeição... olhares íntimos por sobre a mesa, a expectativa, a promessa. Isso a deixava partida ao meio.
No entanto, havia coisas práticas com as quais precisava lidar. Entrou na cozinha, cumprimentou Rosa e informou-a que Zac estava jantando com um colega.
Era um misto de verdade e omissão.
Van: Por favor, tire o jantar e chame o Enrico para acompanhar você.
Rosa: Mas, e a senhora? (ela perguntou preocupada). Precisa comer.
Só de pensar em comer sentia-se mal.
Van: Fiz um lanche substancial. (Outra inverdade, mas ela não queria dar explicações). Eu como alguma coisa leve mais tarde ( disse com um sorriso nos lábios). Pode ir.
Rosa olhou duvidosa:
Rosa: Tem certeza?
Van: Positivo.
O que ela precisava, decidiu depois que Rosa saiu, era fazer alguma coisa produtiva. Primeiro o banho, ela resolveu, depois vestiria um jeans e uma camiseta e talvez ligasse a televisão e procurasse alguma coisa interessante.
Não adiantou. Sentia-se inquieta como um animal enjaulado, incomodada com a tensão que devorava seus nervos cada vez que olhava o relógio. Empenhou-se em não deixar a imaginação correr solta.
Ela queria ligar para alguém... mas quem? Ashley? Não, ela e Scott tinham um compromisso, um jantar.
Droga. E ela morrendo ali. Certo, então ela foi para o estúdio pintar. Entre as garagens e a casa, ficava numa sala espaçosa, arejada e tinha tudo que ela precisava para entregar-se ao seu dom artístico. Era um hobby, algo que mexia com a alma e os sentimentos dela e proporcionava uma oportunidade para expressar as emoções através da pintura na tela.
Não demorou muito para vestir uma calça velha, outra camiseta e calçar um par de tênis surrado. Pegou o celular, uma garrafa de água e foi para o estúdio.
Havia uma pilha de CDs com músicas que ajudariam a criar o ambiente que queria. Música tranqüila, instrumental, ópera cantada pelo Pavarotti, Bocelli... e, o oposto disso tudo, rock pesado.
Esta noite ela precisava de algo com vigor, de preferência alto. Tempestuoso.
Ela pegou uma tela virgem, selecionou as tintas... e começou. Vermelho, preto, nuances de laranja, tudo moderadamente usado de forma abstrata.
Expressivo, explosivo, algo que um psicólogo levaria um dia inteiro para fazer uma interpretação analítica.
Francamente, ela não daria nada por aquilo. O método de aplicação da tinta sobre a tela servia como uma leve catarse, ela esquecia do tempo.
Zac a encontrou lá, ela não percebeu a presença dele enquanto observava sua linguagem corporal e os movimentos das pinceladas. Ele notou a concentração dela, o traço do mau humor representado na tela de forma intensa e em absoluto contraste com o que ela tinha pintado antes.
A música vinha em um crescente, a voz firme do tenor até alcançar e manter a nota mais alta.
A música era apropriada. Ele caminhou em direção ao aparelho de CD e diminuiu o volume.
Foi então que ela parou, segurando o pincel afastado da tela, enquanto virava-se para olhá-lo.
Ele retirou o paletó e segurou-o sobre um dos ombros. Também já tinha desfeito o nó da gravata e desabotoado os primeiros botões da camisa.
Ou Hilary os teria desabotoado para ele?
Mas tinha que admitir que ele não estava com a aparência de um homem que acabara de ser saciado por uma mulher.
Uma leve gargalhada ficou presa na garganta dela. Será que isso seria visível?
Zac: Parece interessante.
Ela o ignorou por alguns segundos, em seguida perguntou:
Van: Você acha?
Ele aproximou-se da tela;
Zac: Eu imagino que haja uma razão para você ter se trancado aqui em baixo às onze horas da noite?
Ela o olhou com os olhos arregalados:
Van: Você quer dizer, em vez de ficar esperando por você na cama ansiosa para que chegasse?
Os olhos dele se estreitaram:
Zac: A reunião se estendeu até tarde.
Van: Sei.
Zac: Algum problema com relação a isso?
Van: Esta... reunião ( ela começou com um cinismo disfarçado) aconteceu em um restaurante?
Zac: Você quer que eu detalhe o que havia no menu? (Ela fechou os olhos e os abriu em seguida)
Van: Eu tenho certeza de que Hilary terá o imenso prazer em me informar.
Zac: Hilary lhe disse que estava comigo?
A pergunta dele continha uma suavidade mortal que ela preferiu ignorar.
Van: Afirmativo (um homem menor teria derretido com o olhar que ela lançou).
Zac virou-se e colocou o paletó sobre uma cadeira próxima.
Zac: Mais uma vez você preferiu acreditar nas palavras dela e não nas minhas.
O tom era áspero por baixo da voz mansa, e ela ajeitou a postura... mas não chegou nem perto da altura dele. Nem assim ela conseguiu esconder a fragilidade.
Van: Droga, a ligação dela foi logo depois que a sua mensagem entrou.
Zac: Então você somou dois mais dois juntos e concluiu que o resultado era dez.
Van: Eu tentei telefonar para você.
Zac: Eu encaminhei as ligações para a caixa postal, como sempre faço durante uma negociação delicada.
Delicada era provocação. Jogou o pincel em cima dele e, em seguida, um pote de tinta azul brilhante.
O pote de tinta bateu no peito, escorreu pela camisa, bateu no chão, escorreu, fez um semicírculo e parou.
Ele xingou enfaticamente, desabotoou os outros botões, sacudiu os ombros e embolou a camisa.
Sem pronunciar uma palavra, colocou-a sobre um dos ombros e carregou-a do estúdio.
Van: Me bota no chão (Ela batia com as mãos nas costas dele, sem muito efeito). O que você acha que está fazendo?
Zac: Levando-a para a cama.
Van: Vá para o inferno.
Zac: Este é o lugar onde estamos de pleno acordo. (Ele entrou, passou pela ante-sala e subiu as escadas mantendo-a no ombro com certa facilidade).
Van: Dane-se! ( Ela tentava esmurrá-lo sem muito sucesso). Se você não me colocar no chão agora, eu vou...
Zac: O quê? Me bater outra vez?
Van: Pior (dentre as várias possibilidades que passaram por sua cabeça, escolheu a última delas).
Chegaram ao quarto; ele foi direto para o banheiro, segurou-a pelas duas mãos, terminou de retirar suas roupas e foi em direção a ela para tirar-lhe a camiseta.
Van: Não se atreva!
Um puxão, e a camiseta saiu e caiu no chão. Ela estava sem sutiã e lançou um olhar fulminante quando ele segurou-a pelo botão da calça jeans.
Van: Isto é um machismo patético! (A raiva tinha se transformado em fúria e os olhos dela soltavam faíscas).
Zac: É uma palavra nova?
Assim que ele arrancou a calcinha dela, ela abaixou a cabeça e mordeu-o, sem se preocupar onde.
Ela resmungou alguma maldição quando ele tirou-lhe as roupas e roubou-lhe um beijo.
Com uma das mãos ele a segurava pela nuca, e com a outra, na base da coluna dela, mantinha o corpo colado ao dela.
Ele não conseguiu manter o beijo por muito tempo, ela teve um acesso de fúria e começou a bater com as mãos nos ombros dele na tentativa de fazê-lo desistir.
Deus do céu. Eles nunca haviam chegado a tal ponto.
Ela mal podia respirar ou pensar. Mesmo assim, tentou reclamar inutilmente.
Ele levantou a cabeça dela e fechou os olhos diante da boca machucada.
Zac: Meu Deus. ( ele resmungou se auto-recriminando).
Zac estava com os olhos embaçados, quase cinza, e ela engoliu em seco nervosamente quando ele segurou-a pelo rosto.
Vanessa, que estava com o maxilar machucado, ficou ali parada, impressionada com o remorso visível na expressão dele.
Você queria desafiá-lo, ela falou baixinho. Penetrar profundamente nas emoções dele e testar os seus limites. Provocar o tigre...
Bem, agora você conseguiu.
Vanessa soltou um suspiro tremido e pediu:
Van: Por favor. Apenas... me deixe ir.
Ele fez um carinho no rosto dela.
Zac: Não nesta vida.
Ela não conseguia achar uma palavra para se expressar, seus lábios tremiam à proporção que ele passava os dele pela testa dela, acariciando, até que a beijou com tanta ternura que ela desejou chorar.
Zac, com os olhos embaçados, levantou a cabeça dela:
Zac: Se você quiser confirmar, ligue para o restaurante do Hotel Langham e pergunte ao maitre. Ele confirmará que eu cheguei na companhia de um sócio comercial às seis e meia e saí três horas e meia mais tarde.
Hilary... espalhando fofocas e criando confusão.
Vanessa percebeu a sua nudez e a dele. Ela afastou-se, recolheu as roupas, enrolou-se em um roupão e caminhou na direção da porta.
Van: Vou dormir no outro quarto.
Zac: Não.
Van: Você não pode me deter. (Ele poderia, com facilidade). Mas você não o fará (disse ela com a voz mais calma, lendo os pensamentos dele e resistindo à tentação de bater a porta atrás de si).
Era bem provável que as camas não estivessem prontas, então ela pegou lençóis e cobertor e foi para o outro quarto no lado oposto da casa.
A que preço? Ela se lamentava enquanto ajeitava o travesseiro na cama pela milésima vez.
Dormir nunca pareceu tão difícil, mesmo assim ela deve ter cochilado, pois quando acordou já era dia claro e estava sozinha na enorme cama que dividia com Zac.
Como poderia...?
As perguntas logo vieram à tona: como teria ido parar lá? Fizeram sexo?
Ela saberia. Ela não sentiu...
A noite passada, pintando, a cena no estúdio, o banheiro... lembrava-se de tudo. Então, sentiu-se inquieta também.
Será que Zac contou a verdade?
Droga, ela precisava saber.



Cenas do próximo capitulo....

"Hilary: Agradeça a ele pelo presente, a mesa é maravilhosa.
Hilary desligou e Vanessa quase arremessou o celular contra a parede mais próxima."


"Zac: Estou quase embarcando no vôo.
Van: Certo.
Ela ainda ouviu a risada discreta dele:
Zac: Espere por mim..."



Comentem muitoooooo!!!!!!



Kisses for you!!!!!!!!!!

domingo, 26 de junho de 2011

Capitulo 15

Era quase meio-dia quando Vanessa saiu. Visitou algumas butiques de grife, parou para fazer um almoço saudável e dirigiu-se para o leilão de antigüidades.
Esses leilões aconteciam durante o ano, o evento de hoje seria um leilão de peças selecionadas feitas à mão e que faziam parte de uma coleção.
Vários carros estavam estacionados ao longo da avenida. Juntou-se aos outros possíveis compradores com a intenção de poder ver os vários itens expostos na antiga e bela casa.
Era o inventário de uma pessoa falecida e a família estava escolhendo o que seria vendido.
Vanessa quase chorou só de pensar que umas delicadas rosas, esculpidas em madeira, estavam sendo separadas e foram para casas diferentes, quando era claro que pertenciam a um mesmo lote.
Tola, são peças inanimadas de madeira, elas não têm alma... mas as peças eram maravilhosas, esculpidas por mãos habilidosas.
Até que ela viu uma pequena mesa com um tampo delicado e belas pernas entalhadas. PERFEITA. Ela passou levemente os dedos sobre a superfície, sentiu a delicadeza da madeira e se apaixonou pela peça.
XxxX: Elegante, não?
Não acredito nisso. Hilary? Aqui?
Sem dúvida, a aparição da atriz em cada esquina descartava a possibilidade de coincidência. Isso já era obsessão perseguição...
Van: Por que não lhe dou uma cópia das nossas agendas sociais? ( ela disse com tranqüilidade). Assim, você não precisará sair por aí tentando descobrir os meus passos.
Hilary lançou um olhar seco.
Hilary: Querida, quem se importa com você?
Van: Claro, eu sou apenas um acessório inconvenientemente preso ao Zac.
Hilary: Sim.
Resposta sucinta e envenenada. O que tinha de novidade?
Vanessa já não se envenenava mais com ela, isso era coisa do passado.
Van: Como vai sua filha?
Os olhos da atriz ficaram petrificados:
Hilary: Minha filha não tem nada a ver com isso. (Vanessa arqueou uma das sobrancelhas)
Van: Não? (Ela fez uma pausa intencional). Eu acredito que você a tenha deixado em muito boa companhia enquanto está ausente.
Hilary: Ela tem uma babá.
Van: Pobre criança. Privada da presença da mãe que persegue seus objetivos... profissionais e pessoais.
Hilary: Eu divido a custódia com o pai dela. (Vanessa examinou as próprias unhas)
Van: Você não tem medo que a custódia seja reduzida, ou até de perdê-la por completo?
Hilary: Você está me ameaçando?
Van: Não necessariamente, apenas conversando.
Hilary: Eu sou responsável pela minha própria vida.
Van: Claro, você é. Mas não com o meu marido.
Hilary: Mas então, ele nunca foi seu mesmo... ou foi? (Ela não deixaria de pronunciar a última palavra, então resolveu a situação da forma mais fácil, virou-se e foi embora).
Mas a irritação não se desfez com tanta facilidade. Até aqui, o dia estava se revelando simpático.
O leilão começou pontualmente às duas e meia, com ofertas animadas e lances altos à medida que cada peça era vendida.
A pequena mesa que Vanessa gostou atraiu vários lances, que foram diminuindo até ficarem apenas dois grandes interessados...
Aquilo se tornou um jogo, com ambas querendo ganhar. Vanessa cobria cada oferta de Hilary e os lances foram ficando cada vez mais altos, no auditório só se ouvia a voz do leiloeiro.
Os presentes perceberam que havia algo mais naquilo; logo surgiram sussurros e especulações que Vanessa preferiu bloquear.
Uma voz masculina apareceu em meio aos lances, uma voz que ela conhecia muito bem. Olhou para Zac e depois ao redor.
Que ele quisesse a mesinha para ele, era ridículo. Então, por que estaria fazendo ofertas? A pergunta mais pertinente tinha que ser, para quem a mesa seria destinada?
Vanessa fez uma oferta excessivamente alta como última tentativa. Aquilo já tinha deixado de ser uma concorrência e se transformado em um jogo patético entre duas mulheres querendo se sobrepor uma à outra.
Bem, para ela estava terminado.
Zac fez uma oferta tão alta que arrancou suspiros dos presentes no auditório... seguido por um silêncio que significou o encerramento dos lances.
Hilary: Zac.
A exuberância de Hilary era impressionante, incluindo o fato de ela estar com o braço nos ombros dele. Seja como for, os beijinhos na bochecha foram um pouco de exagero.
Se bem que, para ser justo, Zac imediatamente aproximou-se de Vanessa e segurou a mão dela firmemente.
Foi difícil resistir à tentação de se livrar das mãos dele, em vez disso, ela cravou as unhas na palma da mão de Zac como forma de protesto. Como resposta, ele torceu, levemente, a mão dela.
Hilary, que deveria mostrar solidariedade em público, passou seu braço por baixo do de Zac e saíram do auditório.
Acompanhado por duas mulheres... uma das quais era sua esposa, a outra, uma amante do passado. O resultado foi uma foto que irritou profundamente Vanessa.
Arranjada por Hilary?
Ou ela estaria delirando? Certamente, esta era a praia de Hilary.
Quando estiver em dúvida... sorria. Foi o que ela fez. Qualquer outra coisa transformaria um boato em escândalo.
Mesmo a atitude deliberada de Zac em retirar o braço de Hilary de seus ombros foi pouco para amenizar a raiva interna de Vanessa.
Queria sair dali e se livrar daquela situação. Vanessa era bem-educada e sabia como se comportar em público. Na intimidade, contudo, ela pretendia cravar as unhas nele.
Se ele pensava que acariciando seu pulso com o polegar iria diminuir a irritação dela, estava tremendamente enganado.
O leilão continuou e Zac arrematou uma poltrona e uma mesa.
Hilary, para não ficar por baixo, teve participação ativa nos lances. Ela fazia sinais para que Zac fizesse os lances nos momentos oportunos, levantava uma sobrancelha ou dava risinhos.
Não importava se ele retribuía ou não. O importante era a intenção, e isto já era o suficiente para ela.
Zac: Vou resolver os detalhes ( ele afirmou, quando o leilão terminou. Vanessa deu um leve sorriso).
Van: Eu vou indo na frente.
Zac: Isto não demora. Espere por mim.
Como uma esposa obediente? Ficar aqui e assistir Hilary desempenhar o seu papel de mulher faceira? Não se ela pudesse evitar.
Manteve o sorriso, esperou-o estar envolvido com a papelada e saiu discretamente pela porta.
Pegou o BMW e saiu em direção do centro da cidade. Lá poderia perambular pelas ruas, escolher um café e saborear um café com leite. Qualquer coisa que atrasasse sua ida para casa.
A insistente campainha do celular chamou sua atenção por um segundo, mas ela preferiu ignorar e foi procurar uma vaga no estacionamento.
Zac, ela percebeu, quando olhou o identificador de chamadas.
Poderia enviar uma mensagem cortês... não, droga, ele deveria sofrer um pouco.
Recebeu outra chamada enquanto tomava seu café sentada à mesa sob um guarda-sol do lado de fora, mas preferiu deixar a ligação cair na caixa postal.
Dez minutos depois, recebeu uma mensagem de texto no celular.
“Fique onde está. Zac”.
Como se ela fosse obedecer documente.
Vanessa olhou a cidade, observou o fluxo do trânsito com tranqüilidade e depois voltou a atenção para as pessoas que andavam na calçada.
Casais jovens, grupos... era sábado à tarde e, para essas pessoas, nada melhor do que vagar um pouco, fazer uma refeição, pegar um cinema, uma peça, agitar em um bar e depois ir a uma festa...
Um garçom hesitou antes de se aproximar para ordenar o pedido. Ela estudou o menu, escolheu uma comida leve e pediu uma garrafa de água mineral
A imagem de Hilary continuava como uma entidade palpável quando ela pensava naquela tarde.
Certamente Zac percebeu a malícia da atriz.
No mundo dos negócios, ele adquiriu a reputação de um estrategista implacável, mas quando se tratava em ser conivente com uma mulher... Principalmente se esta mulher tivesse dormido com ele no passado.
O garçom trouxe a garrafa de água, abriu:a e encheu o copo. As mãos dela tremeram um pouco quando segurou o copo e ela xingou baixinho.
Ela começou a prestar atenção no que se passava ao seu redor, a música de fundo, os fragmentos de conversas das pessoas que passavam, o grito empolgado de uma criança, o tráfego distante e as eventuais buzinas.
Uma brisa que vinha do rio tornava o anoitecer mais frio. Os garçons começaram a acender os aquecedores e em minutos a refeição chegou.
A apresentação do prato era perfeita e a comida parecia estar ótima; saboreou o aroma antes de dar a primeira garfada.
Depois de algumas mastigadas, empurrou o prato para o lado. A atitude chamou a atenção do garçom.
Garçon: Algo errado com a comida?
Van: Está ótima (ela garantiu). Não estou com muita fome.
Garçon: Gostaria que eu retirasse o prato? Aceitaria um café?
Talvez alguma outra bebida quente.
Van: Chá? (e logo indicou o de sua preferência).
O celular de Vanessa tocou outra vez e a ligação foi imediatamente encaminhada para a caixa postal. Minutos depois, uma outra mensagem de texto. Zac.
"Por favor, responda."
Foi o por favor que fez a diferença, por isso ela retornou imediatamente.
“Chegarei mais tarde. Vanessa.”
Logo depois, outra mensagem.
“Quer companhia?”
“Não.”
Ainda não estava preparada para enfrentá-lo.
Estava decidida, no momento pretendia seguir seus planos, ou seja, ir ao cinema e assistir a um filme leve e divertido.
Andar sozinha pela cidade à noite não era uma boa idéia. Preferiu pegar o carro para ir ao cinema, escolher um filme e envolver-se com o enredo, os personagens, a comédia.
Não teve muito sucesso. Já passava das dez horas quando chegou em casa e estacionou o carro na garagem.
Tinha uma leve esperança de encontrar Zac na cama dormindo; por favor, Senhor, faça com que ele esteja adormecido. As preces não funcionaram, pois, quando entrou, encontrou-o na ante-sala esperando por ela com as mãos enfiadas nos bolsos.


Cenas do próximo Capitulo...


"Zac: Talvez você me queira dar uma explicação?"

"Zac enviou uma mensagem de texto “Encontro de negócios. Não espere para jantar” assim que ela saiu do escritório. Quando estava parada no sinal da rua de casa, o celular tocou.
XxxX: Não espere acordada, querida (uma voz feminina familiar informou com uma leve risada). Pretendo mantê-lo fora até bem tarde. Hilary."





Tem mais alguém ai além de mim querendo dar umas bofetadas na Hilary??? kkk



Beijos Girls!!!!! comentem hein!!!

Capitulo 14

Qual era o preço da fama? Vanessa perguntou-se cinicamente ao abrir o jornal pela manhã e folhear até a coluna social. Lá estava, em posição de destaque, a foto da noite anterior.
Quatro pessoas, felizes, com uma intimidade implícita que na realidade não existia. A legenda endossava a foto, fazendo uso de uma sutil especulação que fez com que ela fechasse o jornal enojada. O boato social poderia transformar-se em um dia de fofocas sem precedentes.
Ela conhecia bem o processo.
O sindicato confirmaria o assunto se a fotografia aparecesse em um dos jornais de Washington. E se Zac visse aquilo antes que ela tivesse a oportunidade de explicar?
Diante da situação, ela deveria ligar e avisá-lo.
O celular de Vanessa tocou, ela olhou o identificador, reconheceu o número de Ashley e atendeu.
Ash: Publicaram (a voz dela estava apressada). Scott vai contornar o estrago. Ele conversará com Zac. Você está bem?
Van: Estou de saída. Telefono mais tarde para você. Ela ligou para o número do Zac na discagem rápida e a ligação caiu na caixa postal.
Droga. Ele poderia estar no banho, tomando café, ou... fazendo alguma besteira com a Hilary na cama. Não entre nessa, uma voz interior advertiu.
Foi necessário um certo esforço para ela se livrar daquela imagem em sua cabeça.
Concentre-se no que você tem que fazer, ela se obrigou. Principalmente agora, que precisava ir para o escritório trabalhar.
Ela estava quase conseguindo... quase. Teria conseguido se não tivesse lido a mensagem que acabara de entrar no celular enquanto o sinal estava fechado.
“Adorei a foto. Washington é maravilhosa. Hilary”.
Vanessa jogou o celular no banco do carona e gritou de raiva. Por que ela demorou tanto?
Ela teria esperado Zac sair da suíte do hotel e pegar um táxi para onde quer que fosse aguardado? Ou Hilary preferiu esperar Zac ler a página no jornal?
Droga, ela conseguia visualizar o cenário com detalhes.
Dizer que isso tinha arruinado o seu dia era pouco. Não sabia se chorava, se ficava irada... ou se tinha um ataque histérico com a já conhecida história!
Em vez disso, mergulhou no trabalho. Fez todas as ligações necessárias, exceto para Zac. Com ele, ela trataria pessoalmente!
Anjélica ligou, convidando para um chá na sábado pela manhã.
O almoço foi uma salada com sanduíche na própria mesa do escritório. Estava tão metódica na reunião de marketing durante a tarde que era quase uma piada, A fachada era a única coisa que a fazia manter tudo em ordem.
A confusão começou quando encarou um engarrafamento, buzinou duas vezes, resmungou alguma coisa feia... quando, normalmente, seria fácil para ela se controlar.
O Mercedes de Zac não estava na garagem. Ela não sabia se estava desapontada ou satisfeita por ganhar mais tempo para enfrentá-lo.
Contudo, ele poderia chegar a qualquer momento, e foi pensando nisso que se dirigiu para a cozinha. Seria melhor que Rosa não ouvisse quando ela começasse a brigar.
Comida era a última coisa em que estava pensando. Mesmo assim, orientou Rosa com relação ao jantar antes de subir, vestir um moletom, calçar um par de tênis, prender o cabelo e descer para a academia. Um pouco de exercício poderia ajudar a extravasar aquela raiva. Ela fez um pouco de esteira, levantou pesos, exercitou-se no aparelho de remar, pedalou e depois calçou umas luvas de boxe e foi esmurrar um saco de pancadas.
Vanessa estava quase terminando quando Zac entrou na academia. Ela continuou até que ele estivesse no seu alcance de visão.
Ela precisou de alguns segundos para perceber que ele tinha trocado as roupas formais de trabalho por um moletom e um par de tênis.
Zac: Você tem algum motivo para estar batendo com tanta força?
Van: O saco de pancadas substitui você.
Ele estendeu a mão e segurou os braços dela com uma facilidade irritante.
Zac: Como assim?
Ela olhou furiosa para ele.
Van: Como se você não soubesse.
Zac percebeu a raiva e o ódio que vinham do olhar dela e segurou com mais força os braços de Vanessa.
Zac: Chace entrou em contato comigo e me falou sobre...
Van: Não é sobre Chace.
As feições dele ficaram tensas.
Zac: Então qual é o problema?
Van: Solte minhas mãos.
Ele soltou... e se afastou quando ela deferiu outro soco inesperado.
Zac: Você quer brigar comigo?
Vanessa ignorou a sutil ameaça.
Van: Sim, dane-se!
A cabeça de Vanessa batia na altura dos ombros de Zac e ele tinha praticamente o dobro do peso dela.
Zac: Pegue alguma coisa para você ter alguma chance.
Boxe tailandês seria covardia. Ele tinha experiência, pernas mais longas e mais fortes e ela não conseguiria chegar perto dele para acertar um golpe.
Resmungou irritada e seus olhos soltavam faíscas de raiva quando ele arrancou as luvas de boxe das mãos dela.
Se um olhar pudesse matar, eleja estaria morto.
Van: Você está testando minha paciência.
Ela se torturou com aquelas imagens durante todo o dia.
Todo o esforço para diminuir a angústia foi inútil e agora ela queria que ele pagasse por isso.
Zac: Então... bata.
Agora havia uma provocação.
Vanessa esbofeteou o rosto dele. Com força. Ela quase morreu de ódio.
Zac: Você tem dois minutos para se explicar. (Duas pessoas iradas que se enfrentavam. O que mais poderia ser pior)?
Zac: Um minuto e trinta segundos.
Pensamento de Vanessa: Agressão física não era a sua praia, nunca foi. Então, por que recorrer a isso agora? Porque ela não suportaria a possibilidade de perdê-lo... apesar de achar que poderia.
Zac: Vanessa.  (a voz mansa de Zac estimulou-a a falar).
Van: Hilary me enviou uma mensagem dizendo que tinha passado a noite com você em Washington.
Deus do céu. Será que ele tinha idéia do quanto isso a torturava!
Zac: Você acredita nela?
Ela fez o possível para não acreditar! Mesmo considerando o comportamento diabólico da atriz, mas a mensagem provocou dúvida. Mesmo tendo trabalhado o dia inteiro, não conseguiu tirar isso da cabeça.
Van: Ela é sua ex-amante, deseja você e já deixou claro que está preparada para fazer o que for preciso para tê-lo. ( Sem se preocupar se isso me deixaria destruída emocionalmente-ela pensou).
Zac: Então, você fez disso um fato consumado? ( os olhos dele estavam embaçados de raiva). Você não está esquecendo nada?
Ela olhou para ele em silêncio.
Zac: Hilary deve ter algum plano em mente... mas eu não pretendo fazer parte dele.
Van: Você deveria dizer isso a ela.
Zac: Eu já disse.
Ela deveria acreditar nele? Deveria?
Zac: O que aconteceu com a confiança?
Se estivesse segura do amor dele, confiança não seria um problema. Não poderia pronunciar estas palavras sem expor os mais íntimos dos sentimentos. Não queria dar este poder a ele.
Zac: Você acredita que eu quebraria meu voto de fidelidade?
Eu não sei. (ela teve vontade de responder)
Zac: Se Hilary viajou para Washington, eu não fiquei sabendo. ( A voz dele estava pesada como aço). Você tem minha a palavra. Deveria ser o suficiente.
Ele dirigiu-se para o remador e ela recusou-se a observar, mesmo por alguns segundos, aqueles músculos impressionantes se flexionarem enquanto ele se exercitava.
Ela preferiu subir, tirar o moletom, tomar um banho demorado, vestir uma calça jeans e camiseta e se enfiar no escritório.
Só de pensar em comida, sentia-se mal. Vanessa abriu o laptop e começou a trabalhar.
Ashley telefonou por volta das oito e meia e começou sem rodeios:
Ash: Você ficou de retornar a minha ligação. Como poderia ter esquecido?
Van: Sinto muito. Tive um dia e tanto. (Uma meia verdade, se é que havia alguma).
Ash: Scott fez uma reserva para nós quatro jantarmos amanhã. Zac sabe os detalhes.
Ela tentou mostrar entusiasmo, mas só conseguiu dizer:
Van: Ótimo.
Ash: Alguém comentou alguma coisa com você com relação à foto do jornal?
Van: Uma ligação da minha avó convidando para um chá no sábado pela manhã. Estou esperando alguns conselhos sábios junto com a recomendação para estar sempre atenta (ela fez uma pausa). E você?
Ash: Minha mãe também ligou. Sem escândalos... etc.
Ashley desligou o telefone, Vanessa trabalhou por mais duas horas, desligou o laptop e recolheu-se no quarto.
Sozinha. Nem sinal de Zac. Ela deitou-se e apagou a luz.
Havia um bilhete com a letra de Zac em cima da mesa quando ela desceu para o café-da-manhã.
“Encontro com Scott e Ashley, 18h30, na cidade.”
Reparar os danos. Dois casais, demonstrando felicidade e união, tentando conseguir a publicação de uma foto na coluna social do jornal na manhã seguinte. Dessa forma, desmentiriam a insinuação da mídia com relação ao casamento deles.
Isto parecia um plano.
Será que Zac avisou a Rosa que jantariam fora?
Vanessa escreveu um bilhete e pendurou com ímã na geladeira.
O restaurante, um dos mais chiques da cidade, foi deliberadamente escolhido por ser reduto de ricos e famosos.
Van: Você acha que isso vai funcionar? (Ashley ergueu a taça de cristal e brindou)
Ash: Quem se importa com isso? (E deu um sorriso travesso). Temos que usufruir a companhia um do outro, fazer uma excelente refeição e beber champanhe.
Vanessa retribuiu o brinde e encostou sua taça na dela.
Van: O que mais poderiam perguntar?
A amiga esboçou um sorriso malicioso.
Ash: Chace, Lucas, e chamam isso de festa?
Van: Devem estar falando sobre isso em algum outro lugar.
Ash: Você acha?
Scott: Comportem-se (advertiu).
Ash: Foi um dia difícil (confidenciou). Minha enteada me rebaixou para madrasta de meia-tigela por eu ter discordado que o vermelho escuro é a cor de cabelo que está na moda. Isso foi no café-da-manhã, que não é a melhor parte do meu dia. Tive um descanso durante o horário escolar, depois do qual meu enteado resolveu me testar, afirmando que um brinco é permitido como acessório no uniforme escolar.
Vanessa esforçou-se para esconder o sorriso:
Van: Ah, querida.
Ash: Ontem (Ela continuou e valorizou o momento) um de seus amigos disse que eu era atraente, o garoto acabou com o nariz ensangüentado. Isso, claro, não deu certo e ele ficou de castigo na escola.
Van: A culpa é toda sua, seus atrativos chamaram atenção.
Ashley lançou um olhar para ela:
Ash: Você deveria ser minha melhor amiga. Posso continuar?
Van: Deve (provocou).
Ash: E tem mais. O pecado mais recente para as madrastas é vestir um número menor que as enteadas.
Scott: Rolaram lágrimas e fúria ( declarou). E ela ainda quer ter filhos.
Ash: Os nossos serão diferentes.
Scott: Querida, eles também crescerão e se tornarão adolescentes.
Ash: Que preocupante.
Scott e Zac começaram a falar do mercado de ações enquanto Vanessa olhava o menu de sobremesas e pedia um chá.
Quando o garçom se afastou ela foi fotografada e alertou baixinho:
Van: Paparazzi.
O fotógrafo foi rápido... ele provavelmente tinha que cobrir outros lugares badalados naquela noite.
Ash: Missão cumprida (declarou quando o fotógrafo saiu).
Eles permaneceram um pouco mais e usufruíram o ambiente agradável.
Zac: Nós precisamos fazer isso outras vezes. (Zac entrelaçou seus dedos aos de Vanessa enquanto Ashley distribuía abraços).
Ash: Um almoço, em breve.
Zac: Liguem.
Seguiram em direções diferentes para pegar os carros. Daqui a pouco, a cidade estaria um tumulto quando as pessoas começassem a sair dos restaurantes. Mas, por enquanto, estava relativamente calma. Vanessa recostou-se no banco do carona e fechou os olhos.
Teria dias ocupados pela frente, e Zac também. Ele trabalhou longas horas, acordava cedo para se exercitar na academia e viajava com freqüência. Viagens nacionais e internacionais. Agitando-se e negociando para manter a Efron-Hudgens à frente dos outros.
Solicitada para dar informações, Vanessa estacionou seu BMW na imponente casa de Anjélica. Tinha algumas dúvidas sobre as razões que levaram Anjélica a convidá-la para um chá pela manhã.
Dez minutos, talvez quinze, calculou o tempo que levaria antes que a avó começasse a repreendê-la.
Menos... o que significava que a coisa era mais séria do que tinha imaginado. Pior, havia um jornal dobrado sobre a mesa ao alcance das mãos.
Anjélica: Vanessa (ela começou sem rodeios, enquanto apontava para a fotografia). Em que você estava pensando?
A explicação dela não convenceria... em geral, a verdade mais simples não funcionava. De qualquer forma, ela tentaria.
Van: Me encontrei com a Ashley para irmos ao cinema e depois jantarmos. Dois amigos estavam entre os clientes do café e se sentaram conosco.
Anjélica: Dois amigos homens. Com quem você foi fotografada?
Por que será que ela se sentiu como uma adolescente rebelde sendo chamada pela diretora do colégio para prestar esclarecimentos?
Van: Foi espontâneo e completamente inocente.
Anjélica: Claro.
Bem, obrigada aos céus pelas pequenas graças! E pelo grau de lealdade em nossa família. (Venessa pensou)
Anjélica: Mas, não é o que parece. A foto dá margem a especulações. (Sua avó inspirou e expirou lentamente). E só fornece motivos para os contratempos daquela atriz idiota com a mídia.
Uma discreta batida na porta anunciou a chegada da empregada, que trazia uma bandeja com o chá. Anjélica fez questão de servi-lo.
Anjélica: Seria proveitoso se uma declaração pudesse ser feita.
A manhã estava piorando.
Van: Antes da concepção? (Foi impossível sustentar a ponta de cinismo na voz dela, e a avó reagiu estreitando os olhos).
Anjélica: A demora em engravidar lhe aborrece? (As coisas não estavam melhorando).
Van: O que me aborrece é que você continue valorizando esta questão.
Anjélica encolheu os ombros e suspirou... fazendo questão de realçar o movimento. Uma ilusão de ótica?
Anjélica: Vocês realmente... dormem juntos?
Van: Você quer dizer... fazer sexo? ( Foi difícil não cair na gargalhada, exceto pelo fato de isso poder se transformar em uma histeria). Com freqüência. E não usamos contraceptivos.
Será que a avó havia ficado constrangida?
Van: Podemos fazer um acordo para você deixar esse assunto de lado? (disse gentilmente). Está se tornando cansativo.
Anjélica: Muito bem, minhas desculpas.
Ela não se lembrava de ter ouvido Anjélica pedir desculpas para alguém. Não na sua presença.
Van: Obrigada.


Cenas do próximo Capitulo...


"Van: Como vai sua filha?
Os olhos da atriz ficaram petrificados:
Hilary: Minha filha não tem nada a ver com isso. (Vanessa arqueou uma das sobrancelhas)"

"Van: Você não tem medo que a custódia seja reduzida, ou até de perdê-la por completo?
Hilary: Você está me ameaçando?"

"O celular de Vanessa tocou outra vez e a ligação foi imediatamente encaminhada para a caixa postal. Minutos depois, uma outra mensagem de texto. Zac.
"Por favor, responda."Foi o por favor que fez a diferença, por isso ela retornou imediatamente.
“Chegarei mais tarde. Vanessa.”
Logo depois, outra mensagem.
“Quer companhia?”“Não.”


Comentem muito!!! se tiver mais de 08 coments eu posto mais um ainda hoje!

I LOVE YOU!!!!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Capitulo 13

 DIVULGANDO...
Oi Girls!!! Entrem, apreciem, divirtam-se e comentem muiiitoooo tah! 
http://amorproibido-raiza.blogspot.com



 Capitulo...


Harrison adorava companhia, era generoso e um excelente anfitrião. Enquanto Anjélica era uma pessoa metódica e gostava de tudo em seu devido lugar, Harrison parecia viver satisfeito em uma bagunça organizada... por sua empregada que tentava manter tudo em ordem.
A casa dele, ele afirmava para todo mundo, era dele, tudo que precisava era de conforto, limpeza e boa comida. Os bens e os jardins, todavia, eram algo mais.
Era surpreendente que os avós se confrontassem em todos os níveis, Vanessa percebeu isso, enquanto caminhava ao lado de Harrison pelo jardim. A única exceção era a paixão que os dois nutriam pela jardinagem. Entretanto, a comparação entre o avô e o neto era evidente.
Ícones na corporação da indústria e impelidos pelo sucesso. Olhando para os dois homens, era fácil perceber a conexão... a mesma estatura, as feições bem-definidas, o olhar direto que percebia tudo, e mais profundamente, a frieza que os diferenciava.
Será que daqui a trinta anos Zac assumiria a personalidade do avô, sugaria a vida com as duas mãos e ainda sacudiria um pouco?
Ela estaria por perto para saber! Ou faria parte de um compromisso passado e se juntaria ao clube das primeiras esposas? Seria substituída por qualquer coisa nova que aparecesse?
Harrison: Você está pensando!
Vanessa percebeu o olhar reflexivo dele.
Van: Algum problema?
Harrison: Depende da importância do pensamento. Bem, era muito difícil não dar importância a uma mulher que parecia estar com o seu coração despedaçado.
E o pior, ela não podia falar sobre seus medos e inseguranças com relação à manutenção do casamento com Zac. E se ele hesitasse em tranqüilizá-la ou considerasse suas preocupações como irracionais?
Harrison: Você pode confiar na lealdade de Zac.
De onde teria vindo aquela avaliação? Ela seria tão transparente?
Van: Eu sei. ( Será que sabia? Que engraçado. Ela tinha sérias dúvidas sobre sua habilidade em ter certeza sobre qualquer coisa).
Harrison: Já caminhamos pelo jardim todo (disse gentilmente). E você ainda não disse o que a está preocupando.
Seria óbvio? Ela tinha que sorrir muito e se esforçar mais ainda para continuar fingindo estar perfeitamente bem.
Van: Por que você acha que há algo de errado?
Harrison: Leve em consideração os anos que venho tentando compreender a mente feminina.
Ela quase chegou a perguntar o que ele tinha lido em seu pensamento... mas temeu ter que ouvir o que não gostaria.
Zac estava falando ao celular e quando eles entraram na ante-sala, ele interrompeu a ligação... a terceira ligação consecutiva desde que seu avô levou Vanessa para dar uma volta no jardim.
Ele assumiu uma aparência levemente preocupada, deu um sorriso e seus olhos se estreitaram um pouco. A probabilidade de Harrison ter dito alguma coisa que a tivesse aborrecido não existia. Então o que...?
Harrison: Me falem sobre o Cirque du Soleil ( pediu, enquanto saboreavam a massa ao forno que sua empregada havia preparado).
Van: Foi incrível (ela exaltou e descreveu os pontos altos... sem a interferência de Hilary).
Eles tomaram o café na ante-sala e lá pelas nove horas da noite Zac insinuou que precisavam ir embora.
Zac:Tenho que preparar um relatório. (O relatório tomaria no mínimo uma hora do tempo dele e ainda pretendia pegar um vôo bem cedo na manhã seguinte para Washington. Tinha reuniões marcadas durante todo o dia, negociações na terça-feira e esperava que as soluções fossem satisfatórias. Algo pelo que lutaria com unhas e dentes... e de que fugiria, se fosse preciso.
Vanessa despediu-se de Harrison com um beijinho, enquanto Zac ligava o carro.
Van: Você conseguirá resolver tudo amanhã? (Zac deu uma olhada para Vanessa enquanto pegava a estrada).
Zac: Não. Algum problema?
Van: Claro que não.
Hilary sabia que Zac estaria fora da cidade? Junto com esta pergunta veio outra... A atriz estava planejando encontrá-lo em Washington?
Só de pensar na possibilidade, Vanessa ficava arrasada.
Não pronunciou mais nenhuma palavra até chegarem em casa, e nem moveu a cabeça quando ele reiterou que precisava terminar o relatório.
Levou um livro para a cama na esperança de se envolver com a história, com os personagens fictícios... uma situação onde Hilary não poderia se intrometer.
Pura ilusão, a imagem de Hilary nos braços de Zac não lhe saía da cabeça.
Era quase meia-noite quando Zac entrou no quarto, despiu-se, deitou-se ao lado dela e puxou-a para junto dele.
Ela não se mexeu e ele resistiu à tentação de provocá-la.
Havia uma vantagem em manter-se ocupada, Vanessa se deu conta depois de atender várias ligações, participar de uma conferência telefônica e participar de uma reunião.
À proporção que o dia avançava, era impossível evitar pensar no que Zac faria à noite. Um jantar de negócios... ou um jantar a dois na suíte de seu hotel com Hilary?
Oh, pelo amor de Deus! Pare de paranóia! As chances de Hilary saber algo sobre a agenda de negócios de Zac eram mínimas. (Vanessa pensava)
Mesmo assim, em uma semana, a atriz conseguiu um lugar como convidada no jantar de caridade, a publicação de uma foto na coluna social do jornal da cidade, aparecer no show de domingo à noite... e não esqueçamos das ameaças verbais.
As intenções de Hilary eram claras como cristal.
A reação de Zac, no entanto, não era tão clara assim.
O celular de Vanessa tocou e ela viu que era Ashley na linha.
Ash:  Gostaria de sair para jantar e pegar um cinema?
Van: Onde está Scott?
Ash: Com Zac fora da cidade, você deve se sentir como uma garota em uma despedida de solteira.
Ter bons amigos era maravilhoso!
Van: Aceito (ela concordou de primeira). Diga-me a hora e o lugar que encontrarei você lá.
Ashley festejou com entusiasmo. Vanessa terminou de falar com a amiga e, em seguida, ligou para Rosa.
De repente, o dia ficou animado, ela teria tempo de passar em casa, tomar um banho e trocar de roupa antes de encontrar Ashley no restaurante.
Ash: Uma taça de vinho com o jantar. Nós duas temos que dirigir (ela lembrou enquanto lia o menu. Ela escolheu e fez o pedido).
Ash: Certo... agora, conte ( pediu, assim que o garçom se afastou da mesa delas).
Vanessa arqueou as duas sobrancelhas.
Van: Seja específica.
Ash: Hilary.
Van: Ah.
Ash: O que tem feito com relação a ela?
Van: Além de querer mandá-la para o inferno?
Ashley recostou na cadeira.
Ash: Graças a Deus. Por um momento, tive sérias dúvidas.
Van: Ela e Zac...
Ash: Eu sei. Mas isso foi há anos e terminou antes mesmo de começar.
Ela lembrava-se mais das semanas do que dos dias. Angústia, dor no peito, sofrimento. A imaginação era terrível.
Van: Mas agora ela está divorciada e...
Ash: Tem Zac como alvo. ( ela tomou um gole de vinho e ficou contemplativa). Não que ela tenha alguma chance com ele.
Van: Você acha?
Ash: Por quê? (perguntou). Ele tem você.
Van: Ash, eu adoro você. Mas não esqueçamos que o meu casamento não é exatamente uma união amorosa.
Ash: Não?
Van: Talvez da minha parte, não da dele.
Ash: Oh... besteira.
Van: Como você chegou a esta conclusão?
O garçom serviu as entradas e Ash esperou que ele se afastasse.
Ash: Eu percebo o jeito como ele olha para você. Vanessa analisou a amiga por cima da borda de seu copo.
Van: Desejo, apenas.
Ash: Tem gente que não é cega, mas não consegue ver.
Van: Sim. E tem gente que só vê o que quer ver.
Ashley levantou as duas mãos e sacudiu.
Ash: Certo, vamos dar um tempo (ela ficou séria). Mas se você acha que estou errada, esqueça.
O fato de Ashley não ter tocado mais no assunto até que tivessem terminado o prato principal era significativo para ela.
Ash: Você não pode permitir que Hilary perceba que a estratégia dela está funcionando com você.
Van: Tenho tentado.
Ash: Não a subestime. Ela é uma cadela.
Van: Ela já deu provas disso.
O garçom apareceu, recolheu os pratos e perguntou se elas gostariam de sobremesa.
Van: Frutas frescas e café... preto.
Ashley conferiu as horas.
Ash: Temos que nos apressar se quisermos ir ao cinema.
Elas entraram no cinema na hora que estavam apagando as luzes. Leve e engraçado, com boas interpretações, personagens convincentes e um ótimo diálogo, o filme provocou boas gargalhadas.
Ash: Café? (sugeriu, assim que chegaram ao saguão). Você não tem pressa para chegar em casa e Scott sugeriu o horário em que a carruagem vai virar abóbora.
Vanessa pareceu desconfiada.
Van: Cinderela... meia-noite?
Ela deve ter compreendido. O fato de ela não ter falado muito a respeito do seu estado de espírito!
Café... descafeinado. Caso contrário, não conseguiria dormir. Parecia uma boa idéia. Elas entraram juntas em um badalado café.
Van: Parece que todo mundo teve a mesma idéia.
O café estava lotado. Elas conseguiram uma mesa por sorte e pediram dois cafés descafeinados.
Ash: O que você precisa fazer é ser amigável com a inimiga, em público.
Van: Você não vai desistir, vai?
Ash: Olhe, nós freqüentamos o jardim de infância juntas, o internato e fomos damas de honra uma no casamento da outra. Eu sou a primeira da fila a chutar o traseiro dela.
Van: Lealdade é uma coisa maravilhosa e eu agradeço por isso. (disse de forma descontraída).
Ash: Mas a vez de chutar o traseiro é sua, não é?
Van: Sim.
XxxX: Ashley, Vanessa. Duas das minhas mulheres favoritas.
A voz com sotaque arrastado era familiar. Elas se viraram juntas e se depararam com Chace Crawford e seu irmão, Lucas. Chace apontou as duas cadeiras vazias.
Chace: Parece que não tem outra mesa vazia. Podemos nos juntar a vocês?
Van: Claro.
Ash: Nenhuma mulher na cidade esta noite? (ela provocou, depois que eles sentaram-se e pediram os cafés).
Chace: Jantar de negócios (encolheu ombros). Uma caminhada pela noite pareceu uma boa idéia, um café...
Dois poderosos homens de negócios, amigos e sócios tanto de Scott como de Zac. O que poderia ser mais prazeroso do que tomarem um café juntos e conversarem?
O único momento chato foi quando um fotógrafo tirou várias fotos quando eles estavam de saída. Um dos paparazzi de coluna social que ronda a noite em busca de um furo de reportagem.
Uma legenda maldosa poderia transformar um encontro inocente em compromisso, tudo para vender mais jornais.
Chace resmungou algo cruel.
Van: Bem, a noite foi divertida.
Lucas colocou uma nota sobre a mesa para pagar a conta.
Chace: Onde vocês estacionaram?
Primeiro, foram até o BMW de Vanessa. As meninas se abraçaram e, minutos depois, Vanessa já estava entrando na estrada principal.
Era quase meia-noite quando ela entrou em casa, ouviu os dois recados na secretária eletrônica, nenhum deles era de Zac. Não havia nenhuma mensagem no seu celular. As dúvidas que ela manteve de lado, agora vieram à tona, invadindo seus pensamentos e eventualmente seus sonhos.


Cenas do próximo Capitulo...


"Quatro pessoas, felizes, com uma intimidade implícita que na realidade não existia. A legenda endossava a foto, fazendo uso de uma sutil especulação que fez com que ela fechasse o jornal enojada. O boato social poderia transformar-se em um dia de fofocas sem precedentes."

"Concentre-se no que você tem que fazer, ela se obrigou. Principalmente agora, que precisava ir para o escritório trabalhar.
Ela estava quase conseguindo... quase. Teria conseguido se não tivesse lido a mensagem que acabara de entrar no celular enquanto o sinal estava fechado."
“Adorei a foto. Washington é maravilhosa. Hilary”.

"Zac: Você tem algum motivo para estar batendo com tanta força?
Van: O saco de pancadas substitui você."


Comentem bastante!!!


Beijokasssssss!!!!!!!!!!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Capitulo 12

Eles encontraram um bar, Zac pediu champanhe, Vanessa mal tomou alguns goles quando Ashley perguntou baixinho.
Ash: Aquela não é...
XxxX: Franco! Quem teria pensado em encontrar você aqui?
Ash: Hilary (concluiu).
Vanessa abandonou de vez o pensamento antipático de achar que a atriz se empenhava em descobrir cada movimento dela. Coincidência era uma opção que estava descartada.
Hilary: Estou com alguns amigos. (declarou, enquanto passava os dedos com as unhas pintadas de vermelho pela roupa de Zac). Vamos nos juntar a vocês.
Não se ela pudesse evitar.
Van: Obrigado, mas...
Hilary: Obrigado? (a atriz sorriu para Zac de forma sedutora). Da próxima vez, querido, certo? ( Ela não esperou pelo consentimento e saiu andando).
Dominadora seria a melhor definição. Com uma perfeita tática cronometrada, Hilary parou a uns dez passos e lançou um olhar provocativo por cima dos ombros para Zac.
Ash: Devemos aplaudir?
Vanessa percebeu o cinismo de Ashley e revirou os olhos.
Van: Definitivamente, é um bombardeio.
Ash: Ela é uma bruxa.
Van: Perigosa.
Ash: E mais alguma coisa. Precisamos de uma estratégia (Ashley disse com firmeza, e Vanessa levantou uma das sobrancelhas).
Van: Precisamos?
Ash: Sim, claro (ela aproximou-se e disse). Vou lhe telefonar. (Depois disso, pegou a mão do marido e partiram).
Vanessa deu um sorriso ansioso enquanto eles partiam.
Zac: Quer tentar a sorte no cassino?
Van: Por que não? Tudo bem.
Luzes fortes, multidão e barulho. Diversão, ela pensou, enquanto trocava o dinheiro pelas fichas, e logo escolheu um caça níqueis. Ela apostou, perdeu e deixou Zac jogar, que por sua vez, ganhou. Naturalmente.
Zac: Você está satisfeita?
Um grito de alegria veio de uma mesa próxima, quando Vanessa virou-se, viu o operador da mesa empurrando uma pilha de fichas na direção do ganhador.
Uma rodada de dados seria interessante, mas antes ela queria retocar a maquiagem.
Van: Estarei de volta em cinco minutos.
Ela ajeitou o cabelo e estava retocando o batom, quando percebeu a presença de Hilary pelo reflexo do espelho da bancada das pias.
A idéia de que a atriz os estava seguindo era estranha. O olhar agressivo e assustador indicava que não haveria nenhuma intenção de civilidade.
Ótimo. Discussão à meia-noite. Era tudo que ela precisava. Que tal usar o ataque como estratégia de defesa?
Van: Há algo que queira falar? ( Nada como se jogar de cabeça no precipício).
Hilary: O Zac é meu.
Vanessa levantou uma das sobrancelhas.
Van: E eu sou uma história?
Hilary: Acertou uma, querida.
Van: Se você pensa que me afastarei humildemente... esqueça.
Hilary lançou um olhar de piedade.
Hilary: Querida, eu posso fazer coisas com ele que você nem sequer ouviu falar.
Oh, céus. A coisa estava se tornando uma baixaria. (Vanessa lamentou em pensamento)
Van: Você acha?
A atriz passou a ponta da língua pelo lábio superior.
Hilary: Sem dúvida.
Van: Truques sexuais, Hilary? É triste você ter que usar este artifício.
Ela disse isso quando estava saindo.
Hilary: Com ciúmes, querida? (Vanessa não respondeu ao insulto e seguiu seu caminho).
Zac: Quer ir embora? (perguntou quando ela se aproximou).
Agora, tinha que decidir rapidamente! Fugir ou ficar. Ela sorriu para ele.
Van: Depois de uma rodada de dados. (E certifique-se de que Hilary não esteja me vigiando como um guerreiro ferido- pensou).
Parecia que a sorte estava de férias, os dados também não a fizeram ganhar. Ela afastou-se, achou melhor observar ao invés de participar.
Já era quase meia-noite quando Zac pegou a estrada principal na direção de casa. A noite estava clara e o céu estrelado indicava que o dia seguinte seria ótimo.
Van: O Cirque du Soleil foi fantástico (declarou, quando estacionaram o carro, acrescentando:) Foi muito gentil você ter convidado o Scott e a Ashley.
Zac: Foi um prazer.
Eles subiram a escada juntos e entraram no quarto.
Primeiro, ela tirou os sapatos, depois, a calça. O blazer, a blusa... a maquiagem e, por último, o prendedor do cabelo.
Ele fez o mesmo, sem conseguir tirar os olhos daquela sofisticada mulher que soltava os cabelos e sacudia-os.
Vanessa era pequena, delicada e com um falso ar de fragilidade que contrastava com sua força interior.
Uma máquina de energia portátil, Zac pensou ao olhar para aquela mulher que, devido à sua riqueza, poderia facilmente ter se transformado em uma dondoca preocupada com os eventos sociais. Em vez disso, escolheu a empresa e estava determinada a ser bem-sucedida. Preocupada em preservar e ampliar o patrimônio deles.
As mulheres com quem ele dormiu no passado estavam mais interessadas nas rendas e nos vestidos de noite de seda... ou em se exibirem nuas para ele.
Contudo, essa mulher desafiava as normas e escolheu uma camiseta de algodão duas vezes maior que o número dela. Caramba, ela ficava muito mais sexy assim do que vestindo qualquer vestido de seda ou renda.
Zac: Deixe assim.
Ela estava fazendo uma trança para não deixar os cabelos soltos.
Van: Eles ficam embaraçados se eu deixá-los soltos durante a noite.
Zac posicionou-se atrás dela e segurou suas mãos para impedir que ela continuasse. Em seguida, passou os dedos pelos cabelos sedosos dela.
Imediatamente, ela sentiu o corpo vibrar e esquentar, sentiu-se viva como só ele era capaz de fazê-la sentir-se.
Ele usou os dedos para fazer uma massagem circular, apertando, aliviando, até ela quase suspirar de prazer.
Estava tão bom que ela soltou um gemido quando ele começou a massagear as têmporas, a base do pescoço e os ombros.
Ele afastou os cabelos da nuca, beijou o pescoço e quando percebeu que ela estava toda arrepiada, retirou a camiseta e abraçou-a por trás passando o braço pelos seios dela.
O desejo de excitá-lo e provocá-lo aumentou conforme ela se virou e começou uma exploração sensual pelo corpo dele. Ele arfava de prazer.
Com alguns toques suaves nas partes mais sensíveis do corpo, ela pôde perceber a musculatura dele se contrair enquanto testava seus limites.
Prazeres primitivos, táticas e intimidades.
Não satisfeita, ela passou a língua do lado direito peitoral dele, saboreou e, finalmente, deu uma leve mordida.
Um gemido rouco saiu da garganta dele quando ela fez o mesmo com o outro lado e passou a explorar a região do umbigo com a língua. Continuou pelo abdome definido e seguiu pela fileira de pêlos até chegar ao centro do prazer dele.
A ereção dele deixou-a fascinada e provocou uma contração muscular nas suas partes mais íntimas, era uma antecipação do que ela sentiria quando ele a possuísse. Os movimentos sincronizados de vai e vem que ela fazia deixaram-no louco. Ele levou-a para a beira da cama, inclinou-se sobre ela e possuiu-a de tal forma que Vanessa chegou a gritar de prazer.
Zac: Satisfeita? (a voz dele era quase um sussurro inaudível quando puxou-a para junto de si e tomou a boca de Vanessa em um beijo).
Com um movimento rápido, ela passou as pernas em volta da cintura dele e o segurou, regozijando-se de prazer na medida em que ele se movimentava sobre ela, utilizando toda a energia primitiva de um bom sexo.
Sexo maravilhoso, ela admitiu mais tarde, deitada nos braços dele.



Cenas do Próximo Capitulo...

"Ash:  Gostaria de sair para jantar e pegar um cinema?
Van: Onde está Scott?
Ash: Com Zac fora da cidade, você deve se sentir como uma garota em uma despedida de solteira."


"XxxX: Ashley, Vanessa. Duas das minhas mulheres favoritas.
A voz com sotaque arrastado era familiar. Elas se viraram juntas e se depararam com Chace Crawford e seu irmão, Lucas. Chace apontou as duas cadeiras vazias.
Chace: Parece que não tem outra mesa vazia. Podemos nos juntar a vocês?"



Não sei se vou conseguir postar amanhã... sorry... se der tempo eu posto.... muitotrabalhoaserfeito...


Por favor não deixem de comentar tá!



Milhões de beijossssssssss!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Capitulo 11

Ela sentiu o cansaço nos ombros quando sentou no banco do carona. Graças a Deus o fim de semana estava chegando e ela não teria que acordar cedo e enfrentar um dia de trabalho.
Era a glória poder apoiar a cabeça no banco do carro. Fechou os olhos por alguns segundos enquanto Zac se posicionava ao volante.
Algumas gotas de chuva respingaram no pára-brisa e rapidamente se intensificaram conforme ele avançava no trânsito.
Zac: Cansada?
Van: Com dor de cabeça. Não que fosse mentira, a presença de Hilary tinha esse efeito sobre ela.
Zac: Chace não ficou muito tempo na companhia de Hilary esta noite... parece que ele preferiu você... (ele comentou)
Pensamento de Vanessa: Não acredito que ele vai começar a falar daquela mulhar agora...
Van: Assim como ela preferiu a sua... (virou o rosto pra rua e voltou a se calar)
O silêncio durou alguns minutos.
Zac: Você quer falar sobre a aparição inesperada de Hilary agora ou depois? (A voz mansa dele irritou-a).
Van: Você está dirigindo e eu provavelmente vou querer bater em você.
Ela percebeu o olhar intenso dele e quase não resistiu e cumpriu a promessa. Mas preferiu optar pelo silêncio, mantendo-se assim até chegarem em casa e Zac estacionar o carro.
Em casa, subiu as escadas e entrou no quarto ciente de que Zac estava logo atrás dela.
Zac: Não fique mal-humorada.
Ela virou-se para ele.
Van: Não estou de mau humor. Nunca ( ela acrescentou com bons modos).
Pensamento de Zac: Ela teria idéia do quanto ficava atraente com aquele mau humor no olhar? Ele desejava puxá-la para junto dele e domar aquela raiva... como só ele poderia.
Ela demonstrou-se tão frágil que ele desistiu. Zac tirou o paletó, desfez o nó da gravata e começou a desabotoar a camisa.
Ele não tirou os olhos dela e arqueou uma das sobrancelhas ao perceber que ela não fez nenhum movimento para tirar a roupa.
Em um segundo, ele tirou a camisa, jogou-a para o lado e depois fez o mesmo com a calça.
Zac: Esperando que eu tire as suas roupas?
Van: Não.
Zac: Que pena.
Van: Eu não quero que você me toque esta noite. ( Aquelas palavras teriam sido um impulso?)
Ele desamarrou os sapatos, tirou as meias e colocou-as junto com a calça.
Zac: A escolha é sua.
Vanessa virou-se para não olhar mais para ele. Não que isso resolvesse o problema, uma vez que a imagem dele estava impregnada em sua mente.
O corpo masculino perfeito e proporcional, musculatura definida, pele macia... letal para a libido de qualquer mulher, principalmente a dela.
Mais do que tudo, precisava da segurança que ele lhe proporcionava, o calor do abraço dele... e oh, Deus, a sensação do beijo. O sexo, a intimidade...
Como era idiota, ela acabou de negar tudo aquilo com palavras emitidas em um momento de estupidez.
Com gestos rápidos, ela se livrou da bolsa, tirou os sapatos, os brincos e os braceletes e tentou desabotoar o fecho do cordão.
Os dedos passavam pelo fecho do colar, mas não conseguiam abri-lo. Ah, pelo amor de Deus, o que estaria errado com aquilo? (ela pensou frustrada)
Zac: Deixe que eu faço isso para você.
Ele conseguiu com facilidade e, em seguida, abriu o zíper do vestido dela; em segundos o vestido estava no chão.
Por baixo, apenas uma calcinha, que ele retirou introduzindo os dedos nas laterais e deslizando-a para baixo.
Van: Zac... (o pedido saiu em forma de sussurro enquanto ele acariciava cada ombro dela).
Zac passou os lábios na curva do pescoço, puxou-a para perto dele, começou a se deleitar com aquele cheiro e começaram a se beijar de forma arrebatadora.
Com relativa facilidade, ele passou as mãos por trás dos joelhos dela, colocou-a na cama e diminuiu a luz.
Era tão bom ser pega daquele jeito, com o queixo apoiado no peito dele, era possível até ouvir os batimentos cardíacos dele. Ela segurou-o pela cintura e desmoronou quando ele passou os dedos pela sua coluna.
Zac: Dormir, não é?
Ela deteve as lágrimas antes que ele pudesse perceber.
Ela daria tudo para ter coragem de excitá-lo com as mãos, com a boca. Satisfazê-lo como ele fazia com ela e presenteá-lo com o que ele pedisse.
Ele retribuiria?
A insegurança por não conseguir prever a reação dele, junto com a possibilidade de ser rejeitada permaneceram com ela até que ele adormeceu.

No outro dia...

Vanessa saiu de casa no meio da manhã para fazer a prova final do vestido com Estella. Os sapatos que pretendia usar estavam na caixa e usou os retalhos de amostra do tecido para escolher o tom certo.
O baile beneficente não estava marcado para a próxima quinzena, mas era melhor estar preparada.
Estella: Ah, sim ( aplaudiu). Os sapatos são magníficos ( e fez uma cara séria). Você se lembrará das minhas sugestões para as jóias e usará os cabelos presos para cima... sim?
Van: Claro.
Estella: Você pretende sair para fazer compras? Pode deixar o vestido aqui e pegá-lo na volta para casa. Ninguém deve ver este vestido no seu carro.
O pagamento foi feito e ela despediu-se da talentosa costureira com um abraço rápido.
Van: Obrigada.
Estella: Agora, vá (ela ordenou).
A manicure era a próxima na lista de Vanessa, seguida do almoço e depois gastaria o tempo escolhendo a maquiagem. Batom, sombra para os olhos, até que tudo estivesse perfeitamente combinado.
Eram quase cinco horas da tarde quando chegou em casa. Assim que guardou as compras, ela tomou um banho, colocou uma calça jeans e uma camiseta e foi juntar-se a Zac para o jantar.
Zac: Suponho que tenha tido um ótimo dia.
Van: Fazendo compras ( esclareceu). Um dos pecados mais agradáveis para uma mulher.
A suave gargalhada dele tocou-a profundamente.
Zac: Eu poderia pedir que você definisse outros pecados?
Ela fingiu fazer uma lista mentalmente enquanto dava a última garfada.
Van: O que mais?
Zac: Posso enumerar alguns.
Van: Bem, comida de boa qualidade, chocolate, champanhe... Agora os prazeres da carne: uma boa massagem corporal, facial, ser mimada em um luxuoso spa... (ela fez uma pausa).
Zac: Acho que bom sexo merece um espaço nessa lista.
Era melhor não contar a ele que o último da lista estaria em primeiro lugar na preferência dela. Ele não só era capaz de fazer um ótimo sexo como de transformá-lo em um banquete sensual... uma festa dos sentidos. Zac era o tipo de amante que primeiro proporcionava a sua mulher os maiores e melhores prazeres antes de se juntar a ela para satisfazer-se também.
Vanessa olhou o relógio. (Hora de me trocar).
Ela arrumou a mesa, colocou a louça e os talheres na máquina de lavar e subiu as escadas correndo.
Escolher o que vestir não era um problema, ela optou por uma calça preta de seda, uma blusa de ceda, por cima, um blazer de veludo delicadamente bordado com fios dourados. Os sapatos pretos, as delicadas jóias de ouro e a maquiagem leve completavam o visual.
Zac enfiou-se no seu terno preto e ajustou a gravata, enquanto ela pegava a bolsa.
A presença deles dominou o ambiente, Zac tinha uma aura que transparecia poder, sem falar na irresistível sensualidade que sempre chamou a atenção dela.
Com terno Armani e sapatos Magli, ele estava maravilhoso. Nenhum outro homem chamava mais a atenção do que ele.
Deve ser genético. Tinha que ser, Vanessa ponderou, ao entrar no carro.
Não era de admirar que ele atraísse a atenção de mulheres dos dezessete (nota da autora: acho que bem menos...kk) aos setenta anos.
Os ingressos para o Cirque du Soleil que se apresentaria no cassino da cidade se esgotaram em poucos dias e segundo a crítica o show era sensacional.
Esplendor e o glamour reinavam no salão quando eles entraram, e Zac passou o braço pela cintura de Vanessa quando eles entraram no auditório.
Cuidado? Demonstração de posse? Projeção da imagem pública?
Oh, pelo amor de Deus, Vanessa censurou-se. Pare de analisar cada ação dele!
Qual seria o problema com ela? Desde quando se tornou uma supersensitiva?
A resposta era simples. Desde que uma certa atriz alta e de pernas longas entrou em cena.
Zac: Você está muito quieta.
Aquela voz mansa lhe tocava profundamente.
Van: O que gostaria que eu falasse? ( ela olhou para ele, sorriu e pensou: A noite está linda? O show promete ser maravilhoso? Você está saindo com Hilary?)
Zac: Posso lhe trazer uma bebida?
Ela lembrou. Uma taça ou duas de champanhe a faria flutuar pelas próximas horas.
Van: Não, obrigada.
Zac: Tem alguma coisa a aborrecendo? (Alguém, ela disse para si mesma).
Van: O que o faz pensar isso?
Ele a conhecia muito bem. O sorriso muito forçado, a tensão que deixava seu pulso acelerado...
Zac: Vamos para os nossos lugares?
Em poucos minutos a luz diminuiu, as cortinas se abriram e o show começou.
Naquele momento, o lanterninha passou para acomodar duas pessoas nos assentos que estavam livres ao lado deles.
XxxX: Vanessa.
Ela não acreditou.
Van: Ashley?
Ash: Idéia do Zac (confessou em voz baixa).
A noite ficou melhor e eles sentaram-se para assistir ao show.
O colorido, as demonstrações de equilíbrio e simetria, a beleza na fluidez dos movimentos e as performances impecáveis arrancavam aplausos deles. A platéia estava entusiasmada e aplaudia com veemência. Vanessa lamentou quando o show acabou.
Ash: Vamos procurar um lugar tranqüilo e tomar uma bebida (sugeriu, enquanto segurava Vanessa pelo braço).
Ash: A mãe de Scott está em casa, por isso não precisamos correr para liberar a babá e...
Scott: Minha mulher quer se divertir.
A expressão de lamentação de Scott estourou em gargalhadas no mesmo momento em que Vanessa aderiu à sugestão.
Van: Bem, então o que estamos esperando?
Ash: Uma hora ( ela aproximou-se e lascou um beijo na boca do marido) eu prometo.
Scott: Reservei uma suíte aqui para passarmos a noite. (Ashley virou-se para Vanessa).
Ash: Deixe-me refazer a proposta (ela deu uma risada travessa). Dez minutos, uma bebida ( e virou-se para abraçar o marido). Eu adoro você.
Scott: Eu também.
Vanessa sentiu um pequeno aperto no peito quando eles se entreolharam. Era o ato do desejo... a emoção e o amor incondicional, acima de qualquer preço.
Por um momento, tudo aquilo a fez sofrer, mas colocou o sentimentalismo de lado e trocou tudo por um sorriso.


Cenas do Próximo Capitulo...

"Hilary: Estou com alguns amigos. (declarou, enquanto passava os dedos com as unhas pintadas de vermelho pela roupa de Zac). Vamos nos juntar a vocês."

"Ash: Ela é uma bruxa.
Van: Perigosa."

"Van: Há algo que queira falar? ( Nada como se jogar de cabeça no precipício).
Hilary: O Zac é meu."

"Zac: Deixe assim.
Ela estava fazendo uma trança para não deixar os cabelos soltos.
Van: Eles ficam embaraçados se eu deixá-los soltos durante a noite."

 
P.S. Tirem as crianças da sala... podem conter cenas hot... kkkk



Beijos Girls!!!!!!!!!!

domingo, 19 de junho de 2011

Capitulo 10

A terça-feira chegou e passou sem contratempos... se considerarmos como contratempo o puro e simples contato, de uma forma ou outra, da atriz atordoante.
Esperando que o próximo golpe caísse em um dia tenso, no final da noite, Vanessa achou que o alívio era prematuro.
Isso era um jogo, com Hilary como jogadora principal.
Na quarta-feira a tensão elevou-se, e apesar de Vanessa ter redirecionado todas as chamadas do celular para a caixa postal, nenhuma delas era da atriz.
Zac: Relaxe.
Ela evitou olhar diretamente para ele enquanto ele tirava o Mercedes da vaga no pátio da elegante mansão de Brad e Angelina.
Van: Estou totalmente relaxada.
Uma contradição, mas Zac preferiu não prosseguir com o assunto, já que seus anfitriões os aguardavam na porta para conduzi-los à sala de espera.
Angelina: Você está linda. Adorei o colar. Presente recente?
Certo, você sabe como fazer isso, Vanessa decidiu em pensamento. Você é boa na hora de fazer o papel social. Educada, cuidadosa e preparada para isso.
Van: Obrigada ( e sorriu com sinceridade).
Ela vestiu-se com cuidado, escolheu um vestido preto clássico, um belo colar, sapatos pretos de salto alto, estava habilmente maquiada e preferiu prender os cabelos. A aparência era de uma jovem mulher sofisticada. Confiante, segura...
Como as aparências enganam.
Como de costume, juntou-se a Zac, cumprimentou os outros convidados, conversou, bebeu o excelente chardonay servido pela equipe contratada pela anfitriã e, quando conduzida, dirigiu-se ao seu lugar. A mesa estava magnífica, louça de porcelana, cristais e talheres dourados.
Angelina era muito experiente em costumes sociais para pensar em sentar seus convidados enquanto esperava por alguém atrasado.
Vanessa começou a relaxar.
XxxX: Eu percebi que você tem sido alvo... (houve uma delicada pausa) ...da imprensa.
Sempre tem alguém que coloca o bom senso de lado para provocar uma conversa empolgante. Como Zac teria reagido? Ela nem precisava perguntar.
Zac: Interessante. ( A voz mansa dele carregava uma decepção dissimulada). Como a imprensa valorizou um acontecimento passado, pegou uma insinuação e trouxe para os dias de hoje.
XxxX: Penoso, eu imagino.
Zac: Para minha mulher, sim.
Vanessa colocou a mão no ombro dele e deu um sorriso carinhoso.
Vanessa: Querido, nada disso tem maiores conseqüências.
Ela manteve o sorriso quando ele pegou sua mão e beijou-a.
O simples gesto fez o sangue dela ferver, aquecendo seu corpo nas partes mais íntimas. Por alguns segundos, que pareciam uma eternidade, os convidados, a sala, tudo desapareceu como se ela tivesse sido dominada por algo que não conseguia controlar ou identificar.
Logo depois, o momento foi quebrado pelo som das conversas e pelas risadas.
Será que aquela reação foi uma maneira de fugir da situação? Ou uma forma de aliviar a tensão?
Seria bom que a segunda hipótese fosse a verdadeira.
Angelina selecionou várias pequenas entradas para provocar o paladar dos convidados. Os jantares na casa dela eram uma verdadeira celebração dos sentidos, o tema do jantar era escolhido com extremo cuidado.
Nesta noite, o tema era tailandês e as iguarias receberam elogios pela apresentação artística dos pratos e pelo sabor.
A boa comida e a conversa agradável estenderam-se por algumas horas. Um café saboroso coroou a noite, que acabou pouco antes da meia-noite.
A hora das bruxas, Vanessa percebeu, quando o Mercedes ganhou a escuridão das ruas.
Zac: Está muito calada.
Ela recostou a cabeça e observou o perfil dele, as feições fortes, um perfil clássico.
Van: Não agüento mais falar.
Zac: Cansada?
Van: Sim (ele poderia entender como quisesse).
Contudo, foi ela quem permaneceu acordada, desejando que ele a tocasse quando ele ja tinha adormecido.
O que será que ele faria se ela se aproximasse e começasse a seduzi-lo? Ela não teve coragem, só de pensar que ele poderia não perceber o seu toque ou os seus lábios fez com que se mantivesse afastada.
Seria tão bom que Hilary desse uma folga, Vanessa pensou ao verificar as chamadas e as mensagens no celular, enquanto esperava o sinal abrir.
“Usufrua dele enquanto você pode.”
Era tudo que ela precisava para começar o dia. A tentação de responder à altura era quase incontrolável, mas se recusava a dar este prazer à atriz.
Verificou o horário da mensagem e percebeu que havia sido enviada na noite anterior.
Vanessa recebeu outra mensagem naquela tarde com os mesmos dizeres, e murmurou palavras impróprias a uma dama.
As informações que chegaram de última hora significavam que ela teria que levar trabalho para casa e que gastaria algumas horas de sua noite debruçada no laptop. Sabia que Zac também estaria ocupado com ligações internacionais.
Zac: Assegure-se de sair do escritório esta noite no horário e peça para Rosa servir o jantar às seis horas. ( ele tomou seu último gole de café, vestiu o paletó e pegou suas chaves)
Vanessa olhou desconfiada e tentou analisar a expressão dele.
Zac: Minoche ( ele esclareceu).
Claro, como poderia ter esquecido?  Exposição de Minoche...
Nos últimos dias, eles mal conseguiam se encontrar. Por mais que tentassem. A pressão do trabalho, com um saindo e chegando em casa em horários diferentes, só conseguiam ter contato e tranqüilidade na cama.
Graças a Deus o fim de semana já estava chegando.
A Galeria Minoche era uma das galerias de arte preferidas de Vanessa. Localizada em uma casa antiga de dois andares, o interior do andar térreo foi mantido como o original de forma primorosa.
De propriedade de uma das grandes damas da cidade, cuja personalidade extravagante era uma lenda, só era possível entrar lá com convite, e parte do valor arrecadado com as vendas seria doada para uma instituição que amparava crianças carentes.
O preço do convite era exorbitante e seria uma doação obrigatória para a mesma instituição. Na lista de convidados estava a nata do mais alto escalão social.
Elegância e estilo eram os adjetivos que melhor escreviam o que simplesmente poderia ser chamado de um evento, Vanessa refletiu, enquanto seu convite era analisado pelo segurança na entrada, que assegurava que apenas os convidados entrassem. Um dos vários seguranças contratados era responsável por esse controle... e os convidados tinham que chegar até determinado horário. Depois disso, a galeria seria fechada. O evento também tinha hora para terminar, quando todos os convidados deveriam partir.
O black-tie era o traje obrigatório para os homens nesses eventos, enquanto as mulheres vestiam longo e ostentavam tantas jóias que, se somados os valores de todas elas, poderiam alimentar um país inteiro de terceiro mundo.
Chegou a hora de sorrir, ela percebeu ao entrar no recinto e deparar-se com Minoche, a suprema artista à espera dos convidados.
Uma figura alta e imponente, vestia uma extravagante túnica oriental e usava tantos braceletes de ouro que era de se espantar que seu braço não estivesse doendo com o peso. Minoche tinha descartado o primeiro nome há tanto tempo que se duvidava que algum dia ela tivesse tido um.
Minoche casou-se em um ano e separou-se no outro. Transformou-se em um Messias feminino que vivia para satisfazer os próprios prazeres.
Sabia-se muito pouco sobre sua vida passada, várias histórias circulavam sobre como havia acumulado toda aquela riqueza.
Minoche: Vanessa, Zac... ( a voz modulada dela trazia um pouco de sotaque francês de seus ancestrais, o que contrastava com a sua aparência).
Algo, Vanessa suspeitou, estava deliberadamente arranjado para estimular intriga.
Minoche: Muito gentil de sua parte ter aceitado o meu convite.
Como se algum convidado fosse recusar! Tal atitude, sem justa causa, poderia ser vista como um suicídio social.
Minoche: Por favor, entrem e juntem-se aos convidados... e divirtam-se.
O excelente champanhe servido em taças de cristal era abundante e os canapés estavam maravilhosos.
A equipe uniformizada servia o champanhe e os canapés o tempo todo. Já era um fato conhecido que os prestadores de serviço faziam fila para serem contratados para os eventos de Minoche.
Rostos familiares, de juizes da Suprema Corte a herdeiros da classe médica, diretores de indústrias, aqueles que representavam a nova e a velha fortuna, todos extremamente ricos e bem-sucedidos em suas áreas.
Estes homens nasceram com olhos treinados para ganhar dinheiro, um artista teria que ascender de um relativo anonimato para a fama legendária para satisfazer suas mulheres e ou amantes.
Fotógrafos profissionais estavam proibidos e câmeras não eram permitidas.
As mulheres vestiam-se para impressionar e gastavam pequenas fortunas na manutenção da aparência. As fofocas sociais incluíam um jogo de suposições sobre quem teria sofrido o último processo. Elas trocavam nomes de bons cosméticos... de preferência os estrangeiros para justificarem uma viagem internacional.
Para Vanessa, era a arte que atraía a sua atenção. Distribuídas nas salas anexas, reunidas por categorias, as telas incluíam estilos de vanguarda, exóticos e até mesmo bizarros, podendo ser comparadas com o impressionismo e com os grandes mestres da pintura. Cores vivas em algumas, pálidas em outras, elas representavam o estado de espírito e a expressão individual de cada artista.
Os móveis e os utensílios proporcionavam uma atmosfera que engrandecia os trabalhos expostos, tudo isso, em grande parte, era devido a Minoche, cujo apurado interesse pela arte refletia-se em cada sala, em cada anexo.
Os gastos não eram poupados e Vanessa quase não tinha dúvidas com relação aos objetos d'arte, porcelanas requintadas, jade, todas as peças eram de valores inestimáveis e não meras cópias.
Zac: Viu alguma coisa de que tenha gostado? (Ela virou-se ao ouvir a voz dele e o fitou).
Van: Talvez um (ela parou para ponderar). Os artistas empregam técnicas de pintura semelhantes às utilizadas por Claude Monet. As cores, contudo, eram um pouco mais delicadas para fazerem justiça às cenas de paisagens.
XxxX: Zac. Vanessa.
A voz suave feminina era familiar... familiar demais para a paz de espírito de Vanessa, além de ser uma voz que ela jamais esperaria ouvir na Galeria Minoche, devido ao critério utilizado para a escolha dos convidados.
Van: Hilary (ela poderia ser educada... no momento).
A atriz parecia ainda mais bonita dentro daquele vestido preto justo criado à perfeição e que acentuava suas formas.
E lá estava, de pé ao seu lado, a razão pela qual a loura teria conseguido entrar: Chace Crawford. Ele era filho de um dos amigos mais próximos de Minoche, cuja fortuna da família era estratosférica.
Vanessa trincou os dentes.
Com Chace ao seu lado, Hilary teria entrada garantida em qualquer evento na cidade. Oh, por que não arriscar tudo e incluir a nação inteira, Europa, America...?
Van: Chace (ela o reconheceu e estendeu a mão para que ele beijasse).
Como Chace e Zac eram amigos e parceiros nos negócios, era inevitável que passassem parte da noite juntos.
Algo que Hilary planejou cuidadosamente, Vanessa concluiu. Isso provava até onde a atriz seria capaz de ir com sua campanha para "pegar Zac Efron".
A ansiedade nervosa era um inferno e uma maldição. Isso já tinha feito Vanessa perder noites de sono e atormentado seus pensamentos.
Ele era dela, droga.
Pensando bem, Zac sempre fez parte do seu cenário, ela recordava... Mais atraente, mais extravagante e mais forte do que qualquer outro homem que ela tenha conhecido. A princípio, imaginou que a intimidade que experimentaram era simplesmente uma coisa entre homem e mulher, talvez até próxima de uma saudável dose de admiração por um grande homem. Em seguida, ele desaparecia da vista dela... Nova York, Londres, Milão, para retornar de vez em quando, freqüentemente com uma mulher diferente.
Até o acidente que mudou a estrutura da Efron-Hudgens e forneceu o poder que mudou a vida deles.
Agora, ele era dela, e Vanessa estava disposta a lutar para mantê-lo. A qualquer preço.
Zac: Vamos ver a exposição?
A voz dele provocou uma resposta imediata da atriz, junto com um sorriso sedutor que insinuava mil prazeres.
Esqueça a insinuação, Vanessa consentiu cinicamente. Mantenha a esperança. Droga, a mulher era boa nisso! Qual o homem que não agarraria a oportu-nidade... literalmente.
Ela fechou os olhos e abriu em seguida. Preste atenção.
Observar Hilary lidar com os dois homens era uma experiência fascinante. Chace, contudo, não era nenhum idiota e Vanessa duvidava que ele não conhecesse a perspicácia da atriz.
Será que ela poderia atribuir a Zac a mesma capacidade? Ou teria mudado de idéia por ter dormido com a inimiga Hilary?
Embora dormir não estivesse na agenda!
Droga. Se ela pudesse, iria para casa de táxi, mas as boas maneiras e a etiqueta proibiam tal atitude.
Era relativamente fácil transitar no meio social, sorrir, conversar e sempre aparentar que está se divertindo.
Se Zac percebeu que ela estava excessivamente animada, não deu nenhum sinal. Em público, especialmente na presença de Hilary, a única escolha que tinha era aceitar o toque dele na cintura, o eventual carinho dos dedos pela coluna, o sorriso, tudo com uma aparente satisfação, como se ele pudesse adivinhar os pensamentos e o humor dela e estivesse docemente se divertindo com o modo dela pensar.
Depois de uma taça de champanhe, ela passou para água mineral, mesmo sabendo que teria que aturar a presença de Hilary sóbria.
Uma hora na presença da atriz era muita coisa, de vez em quando ela escapava para o toalete.
Não demorou muito e Hilary surgiu na porta.
E agora?
Daremos cinco passos para um duelo verbal?
Vanessa seguraou a gargalhada histérica que surgiu em sua garganta. A menos que estivesse enganada, a atriz estava em missão, pôde perceber pela falta de civilidade na expressão dela.
Hilary: Quando é que você vai entender a mensagem?
Ah, não pretendo, por que não atira direto no coração? Certo, ela poderia fazer o jogo. Droga, ela ainda tentou dar um sorriso.
Van: Sair de cena e deixar você ficar com Zac? Os olhos de Hilary brilharam de forma diferente.
Hilary: Ele sempre será meu.
Van: Sério? ( inclinou a cabeça). De alguma forma, isso não procede, uma vez que você se casou com outra pessoa... e ele também. (ela falou com classe)
Hilary: Ah, pobre sonhadora. Você acha que ele se casou com você por amor!
Esqueça a guerra verbal e vá para o combate aberto. (Vanessa pensou)
Van: Claro que não. Foi um acordo comercial. ( Ela fez uma pausa). O fato de ele ser excelente na cama é um bônus maravilhoso.
Um sorriso sem graça surgiu na boca da atriz.
Hilary: Eu duvido que você se entregue a qualquer fantasia selvagem.
Vanessa retribuiu o sorriso.
Van: Depende do que você considera selvagem.
A tática inicial não funcionou, pois Hilary revidou com uma delicada ameaça capaz de fazer tremer a mais firme das estruturas.
Hilary: Olhe o seu passado, querida.
Não foram as palavras em si, mas a intenção que as acompanhava.
Uma outra convidada entrou no toalete e Vanessa teve a oportunidade de sair com o mínimo de dignidade.
Zac estava envolvido em uma conversa com um amigo quando Vanessa voltou para o salão. Quase como sentindo a presença da esposa, ele deu uma olhada na direção dela e fez uma avaliação completa.
Procurando as cicatrizes da batalha? (ela questionou em pensamento)
XxxX: Não vejo nenhum sinal de sofrimento ( disse uma voz masculina. Vanessa virou-se e viu que Chace estava ao seu lado).
Van: Observação interessante ( ela respondeu e percebeu um ar de preocupação no olhar dele).
Chace: Você acha? ( O sorriso cordial dele poderia derreter milhares de corações femininos). Venha comigo. Vamos apreciar as obras de arte, assim você poderá escolher uma para eu comprar. ( Ele percebeu uma indecisão momentânea). Hilary vai alugar o Zac, e ele para revidar vai preferir lhe resgatar das minhas garras.
Van: Sério?
Chace: Hilary não ficará muito satisfeita com isso. ( Os olhos dele brilharam). No placar, um para Vanessa.
Van: Talvez.
Chace: Se eu estiver errado, você pode me penalizar sugerindo que eu dobre a minha doação para a instituição de caridade da Minoche.
Ela não se conteve e gargalhou quando começaram a caminhar. Segurava-o pelo cotovelo.
Van: Você é irrepreensível.
Chace: Ah, é o que todas as mulheres dizem.
Juntos, caminharam pelas salas, fizeram comparações, analisaram e estavam prestes a começar um debate quando a voz de Hilary interrompeu.
Hilary: Aqui estão vocês.
Vanessa ficou com a nuca arrepiada só de ouvir a voz dela.
Hilary: Estávamos procurando por vocês. Claro... e vacas também podem voar. Chace apontou a tela que se parecia com a obra de Monet.
Chace: Vanessa me persuadiu a comprar esta tela.
Hilary É adorável. (A atriz levantou uma das mãos em um gesto expressivo). As cores, o tema. Sem falar na moldura, que é perfeita.
Adorável era aplicável a um bebê, a um gatinho, a um filhote. Uma pintura poderia viver e respirar aos olhos do artista, mas o resultado final era uma coisa inanimada. (Vanessa pensava indignada)
Hilary: Seria um presente perfeito.
Ela era muito boa nisso. Fazia tudo muito bem. A questão era se Chace morderia a isca.
Chace: Minha mãe vai adorar.
A Srª. Crawford possuía não apenas um, mas dois trabalhos originais do famoso Claude Monet. Ela não teria espaço na parede para uma obra similar. Então, qual seria a intenção de Chace, além de presentear a instituição favorita de Minoche com uma considerável doação?
Ela ousou arriscar que ele não faria o jogo de Hilary e teve vontade de rir.
Zac: Vanessa gostou muito daquele quadro a óleo (ele apontou e Chace virou para observar).
Chace: Sua mulher tem muito bom gosto.
Zac: Sim, ela tem (e colocou o braço no ombro dela). Vocês vão nos desculpar, mas está quase na hora de irmos.
Se ela não soubesse que esse casamento não envolvia sentimentos poderia achar que Zac estava com ciúmes das atitudes de Chace com ela. Não se iluda Vanessa! (ela se recriminava em pensamento)
Hilary tocou a lapela do paletó de Zac e acariciou a costura com o dedo.
Hilary: Tão cedo?
Minoche, uma eterna observadora, acionou uma campainha eletrônica no momento certo e, em seguida, chamou seus convidados para fechar suas compras e doações.
Milhões de dólares trocavam de mãos, recibos eram emitidos, as instruções da entrega esclarecidas e os seguranças educadamente começaram a conduzir os convidados para a porta de entrada.
Poucas pessoas ficaram por mais tempo. Zac e Vanessa encaminharam-se para o Mercedes.



Cenas do próximo Capitulo....


"Zac: Chace não ficou muito tempo na companhia de Hilary esta noite... parece que ele preferiu você... (ele comentou)
Pensamento de Vanessa: Não acredito que ele vai começar a falar daquela mulhar agora...
Van: Assim como ela preferiu a sua... (virou o rosto pra rua e voltou a se calar)"

"Van: Eu não quero que você me toque esta noite. ( Aquelas palavras teriam sido um impulso?)"

"Van: Zac... (o pedido saiu em forma de sussurro enquanto ele acariciava cada ombro dela)."




Postei um capitulo grande, porque hoje é só um... amanhã tem mais... 



Kisses! Kisses!!!

sábado, 18 de junho de 2011

Capitulo 09

O Mercedes de Zac estava estacionado na vaga de costume. Ela parou o carro em uma vaga ao lado e entrou em casa.
Primeiro passou na cozinha, onde encontrou a governanta preparando o jantar.
Van: Olá, Rosa. Tubo bem?
A governanta deu um sorriso amigável.
Rosa: Tudo bem. Chegou uma encomenda para a senhora, coloquei na sua mesa.
Van: Obrigada (ela não tinha encomendado nada. Zac? Ela sentiu o aroma da comida.) Oba! massa ao molho alfredo!
Rosa balançou a cabeça.
Rosa: Com pão de alho e salada.
Vanessa pressionou os dedos sobre os lábios em um gesto silencioso de gratidão e, em seguida, subiu as escadas.
Ela ficou a tarde inteira imaginando como Hilary teria conseguido o número do seu celular. E se a atriz tinha o número dela, provavelmente teria o de Zac.
Vanessa respirou fundo quando chegou à suíte principal, abriu a porta... e percebeu que o quarto estava vazio. Então, ouviu o barulho do chuveiro no banheiro da suíte.
Ela não hesitou, caminhou até o banheiro e abriu a porta.
Zac, sem roupa, era tudo de bom. A corpo em plena forma, os músculos esculpidos de forma perfeita. Poderoso, viril e... perigoso.
Precisou apenas de uma olhada e... fechou os olhos. Abriu-os outra vez e deparou-se com a avaliação contemplativa dele.
Droga, ele agia naturalmente, não parecia sequer surpreso, e isso a irritava de modo insuportável.
Zac: Se você pretende se juntar a mim, é melhor tirar as roupas (falou com tranqüilidade).
Van: Como se isso fosse acontecer a qualquer momento.
A água escorrendo por aquele corpo perfeito ajudou bastante a diminuir a frieza dela.
Contenha-se. Ignore o homem e concentre-se no motivo pelo qual você está aqui. HILARY... lembra?
Oh, céus, talvez não fosse uma boa idéia. Como poderia chegar a ele quando ele estava nu, encharcado e tão perto para um aconchego?
Zac: Você vai se molhar.
O tom indolente dele despertou-a para a ação, ela pegou a coisa mais próxima... uma embalagem plástica de shampoo... e arremessou nele.
Duas coisas aconteceram ao mesmo tempo: o olhar repreensivo dele enquanto agarrava o frasco com uma das mãos e o puxão que deu nela, com a outra mão, para dentro do espaçoso boxe do chuveiro.
Van: O QUE ESTÁ FAZENDO? ( As palavras saíram na forma de um grito escandalizado, enquanto a água encharcava a cabeça, os cabelos e as roupas dela... e oh, Deus, os sapatos.
Zac: Se você pretende brigar, devemos estar em igualdade de condições, não acha?
Ela disse algo impróprio e deu um soco no peito dele.
Van: Eu deveria matá-lo (olhou para as roupas dela e gritou)  OLHE O QUE VOCÊ FEZ.
Zac: Provoque e eu não responderei pelas conseqüências.
Ele estava se divertindo com aquilo. Havia um tom de brincadeira nele. Ela tentou atacá-lo violentamente, mas ele segurou-a pelo braço.
Zac: Não! Gata Selvagem. (A fala mansa dele tocou cada terminação nervosa dela, e ela sentiu todo o corpo responder).
Van: Não faça.
Foi um pedido indefeso que ele ignorou enquanto retirava as roupas dela... não tão fácil, pois ela lutou da forma que pôde.
Nua, ela ficou parada diante dele em posição desafiadora.
Van: Eu te odeio.
Zac: Ah, é? (Ele pegou o shampoo, começou a ensaboar o cabelo dela, enxaguou e massageou de forma tão suave o condicionador que foi difícil não pensar em coisas boas).
Ela estava furiosa com ele... não estava? Por que diabos, então, ainda estava lá de pé?
Porque estava muito bom. Estava errada?
Em seguida, ele pegou o sabonete e começou a ensaboar o corpo dela, virou-a de costas e massageou a nuca, que estava tensa, depois os ombros e, finalmente, direcionou a ducha para ela e removeu a espuma.
Quando terminou, colocou o sabonete nas mãos dela.
Zac: Agora, é a sua vez.
Retribuir a gentileza dele? Ele estava brincando? Até onde ela conseguiria chegar antes que o banho se transformasse em algo mais?
Sem hesitar, ela devolveu o sabonete.
Van: Acho que não.
Zac: Com medo, querida!
Ela levantou o queixo e encarou aquele brilho diabólico nos olhos azuis dele.
Van: Sexo no chuveiro não me interessa.
Ele nem precisou dizer que poderia provar que ela estava errada. Tudo que precisava fazer era encostar a boca dele na dela, deixar que os corposs e roçassem... e estaria perdida.
A risada rouca dele quase a desarmou. Vanessa saiu do boxe, pegou uma toalha, enrolou-a no corpo e depois usou outra na cabeça em forma de turbante.
Ela entrou no quarto antes dele, vestiu uma saia e uma camiseta de algodão, penteou o cabelo, enrolou-o no alto da cabeça e já ia começar a passar creme no corpo e brilho nos lábios, quando ele entrou.
Sem dizer uma palavra, ela pegou um cabide, voltou para o banheiro e pendurou o casaco para que pudesse secar. Depois, juntou o resto da roupa e pôs no cesto de roupa suja. Com relação aos sapatos... felizmente, se fossem secos e polidos com cuidado, estariam em condições de uso outra vez.
Zac: Compre outros.
O conselho dele tinha um tom de cinismo e ela virou-se para olhá-lo.
Van: Se for preciso comprar outros, mandarei a conta para você.
Zac: Naturalmente.
Ele vestiu uma calça jeans e uma camiseta pólo e, mesmo vestido, ainda oferecia perigo. Havia algo de especulativo e vago naqueles olhos azuis que era praticamente impossível avaliar o humor dele.
Zac: Queria falar sobre alguma coisa?
Van: Você quer dizer, antes de você dar uma de machão e me puxar para dentro do chuveiro?
O elemento surpresa desarmou a situação temporariamente e passou a ser o assunto em pauta.
Zac: Você quer falar antes ou depois do jantar?
Van: Antes.
Zac: Hilary ( ele adivinhou logo. A voz dela assumiu um tom cínico).
Van: Como é que adivinhou?
Zac: Ela tem o dom de perturbar.
Van: Conte uma novidade.
Zac: Não é algo que eu possa controlar, a não ser que ela cometa alguma infração grave.
Van pensou: E você acha que ela não vacilará? Era melhor ir direto ao assunto.
Van: Ela tem o número do seu celular?
Ele apertou os olhos.
Zac: Eu não dei a ela.
Ela sentiu o estômago arder.
Van: Isso não responde minha pergunta.
Zac: Sim.
A dor se intensificou.
Van: Ela entrou em contato com você?
Zac: Pessoalmente e por mensagem de texto ( ele esperou alguns segundos) Eu não respondi.
Van: Você pretende responder?
Zac: Não.
Será que ela poderia acreditar naquelas palavras? Ela tinha escolha?
Zac: Algo mais que queira me contar? Suspeita não era prova.
Van: Não neste momento.
Ele envolveu o rosto dela com as mãos.
Zac: É isso?
Ela desejava dizer: "Não faça isso comigo." Mas desistiu.
Van: Por enquanto.
Zac: Então, vamos comer, certo?
E conversar tranqüilamente, fingindo que Hilary não surgiu entre eles como um fantasma?
Aquela tinha sido a sua melhor cartada.
A massa estava excelente, assim como o vinho tinto que tomaram durante a refeição.
Vanessa retirou a mesa, ligou a cafeteira e cuidou da louça enquanto o café ficava pronto.
Zac: Vou tomar o meu café no escritório ( disse quando ela se aproximou. Ela faria o mesmo).
Precisava ver os e-mails pessoais, a agenda de negócios... coisas de que precisava cuidar, além de verificar a agenda social.
A primeira coisa que viu, quando abriu a porta do escritório, foi o embrulho em cima da mesa. Pousou a xícara de café na mesa, examinando a embalagem. O destino e a data de postagem estavam parcialmente rasurados e, olhando o verso do embrulho, descobriu que não havia nenhum remetente.
Intrigada, retirou a fita, desfez o embrulho... e descobriu uma outra caixa menor dentro.
Ela franziu a testa. Seria uma brincadeira?
Encontrou mais dois embrulhos, cada um revelava uma caixa menor. Tão pequena, que só caberia uma jóia... brincos? Um anel?
Não de Zac. Este não era o modo de agir dele.
Vanessa removeu um lenço e descobriu uma caixa encapada com seda. Dentro, havia uma bolsa de veludo que, aparentemente, não continha nada.
Não, espere... ela tirou um pedaço de papel e encontrou uma foto de uma aliança de casamento com uma fita na diagonal, com certeza indicando “casamento desfeito”.
O significado era inconfundível.
Ela respirou fundo e largou a foto.
Seu primeiro instinto foi jogá-la na mesa de Zac e exigir uma explicação. Provavelmente, foi o que Hilary previu.
O objetivo da atriz, afinal de contas, era causar problemas... e a melhor maneira para conseguir isso era continuar mantendo as provocações.
Certo, ela enfrentaria isso.
Uma ação provoca uma reação... mas se ela não reagisse como esperado?
Fria, calma e controlada. Era assim que ela iria agir. Não cairia no jogo da bruxa.
Sem hesitar, embolou o pacote e guardou.



Cenas do próximo capitulo....

"Hilary: Quando é que você vai entender a mensagem?"

"Hilary: Ah, pobre sonhadora. Você acha que ele se casou com você por amor!
Esqueça a guerra verbal e vá para o combate aberto. (Vanessa pensou)
Van: Claro que não. Foi um acordo comercial. ( Ela fez uma pausa). O fato de ele ser excelente na cama é um bônus maravilhoso."








"Chace: Você acha? ( O sorriso cordial dele poderia derreter milhares de corações femininos). Venha comigo. Vamos apreciar as obras de arte, assim você poderá escolher uma para eu comprar. ( Ele percebeu uma indecisão momentânea). Hilary vai alugar o Zac, e ele para revidar vai preferir lhe resgatar das minhas garras."



Até Amanhã!!! Comentem hein...

Beijooossssss