Enfim.... Capitulo 20 + Divulgação

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Capitulo 20.....

Estava na hora. Já esperara tempo demais, e a única desculpa que tinha era que não queria que Amanda se sentisse abandonada. Mas não podia continuar assim. Amava Zac e sua filha como nunca mais amaria alguém em sua vida. Eles faziam parte dela e a idéia de deixá-los estava matando-a, mas não seria pior se esperasse até que eles a deixassem? Talvez pudesse acontecer um milagre, e ela não teria de ir. Afinal de contas, Karen insinuou que Zac a pediria em casamento.
Respirou fundo e olhou para Zac, que estava lendo jornal.
Van: Você nem me perguntou sobre o almoço com Karen e Ash.
Ele soltou o jornal.
Zac: É verdade. Como foi?
Van: Divertido. Conversamos e brincamos muito. Acho que elas gostaram uma da outra.
Zac: Isso é bom. O que você achou do restaurante? O serviço foi à altura do que teve na última vez em que esteve lá?
Dividida entre a vergonha e o riso, ela sorriu.
Zac: Zac, você tem de fazer algo sobre essa sua baixa auto-estima.
Ele apenas sorriu, e ela soube que ele estava lembrando-se do que fez com ela.
Van: Estávamos falando sobre o almoço com Ash e Karen.
Zac: Mmm-hmm, e você o que estava dizendo?
Van: Ash está pensando em romper o noivado.
Zac: Uau. Mas o cara é um dos melhores partidos do país. Ele a traiu?
Van: Não que eu saiba.
Zac: Qual é o problema, então?
Van: Não tenho certeza.
Zac: Ela devia sentir algo por ele se aceitou o pedido. Ela é contra casamento?
Van: Acho que tem a ver com o estilo de vida. Ele é um dos figurões de Hollywood, e Ash está cansada daquele ambiente. Ela está pensando em abandonar tudo.
Zac: Ela não poderia desistir de atuar e continuar apoiando-o no trabalho? Se ela realmente o ama…
Van: Você está certo. Se ela realmente o amasse, não faria diferença. Então, ela não deve amá-lo como deveria.
Zac: Pobre rapaz.
Van: Zac, ele é bilionário! É um astro do cinema! Consigo imaginar a fila de mulheres querendo consolá-lo.
Zac: Que diferença faz se ele está apaixonado por ela? ( argumentou ele. Emily mordeu o lábio. Poderia ousar ter esperança de que ele a amasse assim?)
Van: Está certo de novo. Não faz diferença. Quando se ama alguém, nada mais importa.
Zac: É assim que vejo murmurou ele. Pobre tolo, provavelmente achava que ela era louca por ele, e olha o que acontece.
Van: Tenho certeza de que ela não teve a intenção de magoá-lo.
Zac: De boas intenções o inferno está cheio ( disse ele).
Van: Parece que sim.
Zac: E as mulheres se perguntam por que os homens não estão correndo atrás delas para pedidos de casamento ( murmurou ele).
Vanessa fechou os olhos. Já tinha sua resposta. Zac não tinha intenção de pedi-la em casamento. Levantou-se do sofá e foi para o quarto. Se o fim estava perto, queria aproveitar o tempo que lhe restava.
Zac olhou de sua mesa e sorriu. Já fazia tempo que a profissional Vanessa não entrava pela porta do escritório. Olhou para o conjunto conservador, a camisa branca e os óculos, e ficou feliz em conhecer tão bem a mulher deliciosa que estava debaixo dessa fachada. Os cabelos estavam presos em um coque, e ele pensou em como eles fluíam quando ela debruçava-se para beijá-lo. Seu corpo contraiu-se em resposta, um resultado tão instantâneo que supôs ser insensato levantar-se. Em vez disso, reclinou a cadeira e deu as boas-vindas com um sorriso.
Zac: A que devo a honra?
Ela surpreendeu-o ainda mais ao fechar a porta antes de aproximar-se da mesa.
Zac: Parece que Amanda não está com você.
Van: Não, Amanda está com Carol. Ela mal notou quando me despedi. Carol fez aquele pão…
Zac: Essa Carol é uma preciosidade, não?
Van: Ela é. Você tem muita sorte em tê-la encontrado. Amanda parece sentir-se muito segura com ela, e é por isso que estou fazendo isso agora. ( Ela abriu a bolsa e tirou um envelope, que jogou na mesa).
Ele não conseguia imaginar o que estava acontecendo, mas estava disposto a fazer qualquer brincadeira que Vanessa tivesse na cabeça. Sorrindo, ele pegou o envelope, dizendo:
Zac: Que mistério.
Forçando-se a se concentrar no papel, ele desdobrou-o e começou a ler. Não podia acreditar. Leu de novo. Ela estava demitindo-se?
Zac: Não entendi.
Van: É muito simples. Não posso voltar para este escritório. Não seria justo com Lucas.
Zac: Já falei com você que…
Van: Não posso aceitar uma promoção, Zac.
Zac: Por que não?
Vanessa: Você sabe o que as pessoas diriam. E estariam certas. Eu estava dormindo com o chefe. Qualquer promoção, qualquer cargo aqui seria suspeito.
Zac: Não concordo, mas se é isso que você quer aceito. Então, quais são seus planos? Posso arranjar para que trabalhe com alguém que conhecemos, só gostaria que tivesse falado comigo antes. Estava imaginando como seria, ele e ela correndo para o trabalho de manhã, deixando Amanda com Carol.
Van: Acho que não consegui passar a mensagem (disse ela com a voz tremendo). Tentei fazer com que você visse como seria desde o início. Tentei fazer com que entendesse. Agora não tenho escolha, a não ser… sair de cena.
Zac: Sair de cena ele repetiu sabendo, mas incapaz de acreditar no que ela estava falando.
Sair de sua vida.
Van: Já tirei todas as minhas coisas da sua casa, e consegui um emprego com…
Ele levantou-se, suas mãos espalmadas sobre a mesa.
Zac: Você está me deixando?Esta nos deixando? Ela assustou-se e deu um passo para trás.
Van: Eu não posso simplesmente abandonar Amanda. Não acredito que você queira isso. Então, pensei que, se você concordar, poderia vê-la no meu horário de almoço umas três vezes por semana.
Ele só conseguiu encará-la, sentindo a dor do momento. Ela estava deixando-o. Ele deveria ter percebido. Por que não percebera? Ela lutara contra ele desde o início. Nenhuma vez ela disse que o amava.
Van: Por favor, entenda. Não tenho escolha. Tenho de fazer isso.
Certo de que as próximas palavras dela seriam que não o amava, ele acenou com um braço e disse:
Zac: Vá, apenas vá.
Um pouco depois percebeu que suas pernas tremiam, e que se não se sentasse, cairia. Sentou-se, tão impotente e sem vida quanto uma folha de papel. Respirou, e encheu-se de dor em vez de ar.
Deixou-o. Partiu. Ela não o amava, nunca o amou. Sempre falou que o amor não fazia parte dele, e mesmo assim as mulheres pareciam esperar encontrá-lo em suas camas. Acabou aprendendo que não podia confiar naquelas que não controlavam suas emoções. Talvez fosse uma lição para ele. Se alguém podia entender que atração física não é igual a amor, era ele. E mesmo assim provara de seu próprio veneno. Amava Vanessa. Sempre amara Vanessa, há mais tempo do que imaginava. Mas ela não o amava.
A questão agora era: como sobreviveria a isso? Como sobreviveria à perda de Vanessa?
Era um verdadeiro golpe, prova de que ela podia fazer qualquer coisa que decidisse. Esse movimento impulsionou sua carreira. Vanessa recostou-se na grande cadeira de couro e olhou para seu suntuoso escritório. Chegou alto, e agarrou a grande oportunidade. Responsável pela administração de um dos maiores bancos da região. Era incrível. Então, por que não estava contente? Onde estava sua alegria? Olhou para o relógio. Mais duas horas para poder ver Amanda. Será que Carol traria algum recado de Zac?
Balançando a cabeça, Vanessa puxou uma pasta. Tinha muito para ler antes de poder começar a realizar seu trabalho. Meia hora mais tarde, pegou outra pasta, mas enquanto a abria, lágrimas brotavam em seus olhos. Era tão difícil ficar longe, afastada. Por que não se agarrou a suas armas? Por que se permitiu compartilhar a cama dele, a vida dele? Pior, como sobreviveria sem ele? Nenhum cargo, nenhuma carreira, nenhuma mesa cheia de pastas poderia fazer com que se recuperasse do deserto emocional que sua vida se transformou. Nem tinha mais sua gata.
Zac cruzou as mãos atrás da cabeça e sorriu para sua preciosa filha, que estava sentada em seu colo tentando equilibrar um bloco de madeira no nariz. Rindo para ela, ele sentou-se, segurando-a.
Por que Vanessa não o amava? Parecia tão perfeito eles dois e Amanda. Deveria ter percebido que era uma ilusão. Pelo menos, não se humilhou pedindo-a em casamento, belo consolo quando sentia tanta saudade dela.
Como se lesse seus pensamentos, Amanda disse:
Amanda: Qué Nane casa.
Zac engoliu o nó em sua garganta.
Zac: Eu sei meu anjo. Também quero que Vanessa volte para casa, mas ela tem de trabalhar. Você sabe que o papai vai trabalhar todo dia e volta à noite para ficar com Amanda. Antes, Vanessa ficava aqui com você, mas agora é Carol que faz isso.
Amanda apontou para as escadas e disse:
Amanda: Caol carto.
Zac: Isso, Carol está no quarto dela agora, escrevendo cartas, mas quando papai não está aqui, ela cuida de você. Então, Vanessa decidiu voltar a trabalhar. (Ele não sabia como explicar). O fato é que Vanessa não trabalha mais comigo, e ela… não pode mais vir sempre aqui, mas você vai vê-la às vezes durante o dia, não vai? ( Sabia que Vanessa esteve lá naquele dia na hora do almoço. Carol preparara um sanduíche para ela).
Amanda virou e ficou de pé em seu colo. Colocando a mão no rosto do pai, ela simplesmente pediu:
Amanda: Qué Nane.
Ele abraçou-a forte, sentindo-se miserável.
Zac: Eu sei amor. Também quero Vanessa. Empurrando-o, ela foi até a mesinha onde estava o telefone, apontou e pediu:
Amanda: Liga Nane.
Por um instante, Zac achou que ia chorar. Como poderia explicar para sua filhinha que não ousaria ligar para Vanessa? Não suportaria falar com ela agora.
Escolhendo o caminho mais fácil, levantou-se:
Zac: Hora do banho!
Corações partidos e desejos insatisfeitos pareciam não dar trégua.
Zac: Pelo menos tenho você, minha Manda (sussurrou ele). — Graças a Deus.  (Nem queria pensar em sua vida sem a filha. Não tinha certeza se teria forças para sobreviver a essa dor sem sua filha).
Vanessa revestiu-se de coragem. Pela primeira vez em semanas, o veria. Seu coração estava acelerado, suas mãos batiam na mesa de reuniões. Quando a porta se abriu, o ar congelou-se em seus pulmões. Seu chefe e dois colegas de trabalho levantaram quando Zac e o eficiente Lucas entraram, mas Vanessa não conseguiu; estava fazendo o que podia para manter-se intacta. Suas mãos tremiam.







Cenas do próximo capitulo...:


Zac: Você é muito ética, não? Nos negócios! Ética pessoal é outros quinhentos!
Van: Sinto muito.
Zac: Sente? Como acha que eu me sinto? Quão ético é dormir com um homem por semanas, deixá-lo pensar que o ama e depois abandoná-lo sem olhar para trás.
Van: Nunca disse…
Zac: Então você dorme com qualquer um?
Van: Você sabe que não!
Zac: Talvez você nunca tenha dito, mas também nunca disse que não me amava.
Van: Até parece que você nunca disse isso para nenhuma outra mulher, a não ser eu.




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