Capitulo 08

Vanessa pegou a xícara com cuidado e deu um gole antes de encarar a avó.
Van: Pode ter certeza que você será uma das primeiras pessoas a saber quando isso acontecer.
Anjélica: Não sou mais nenhuma criança. (Ela respirou profundamente e expirou).
Van: Quando você planejou o casamento e eu obedeci, estava ciente da necessidade de um herdeiro para a Efron-Hudgens.
Tática e diplomacia eram qualidades admiráveis, e ela possuía ambas.
Zac: A concepção é nossa decisão ( interveio delicadamente).
Anjélica ficou sem graça e precisou de alguns minutos para se recuperar.
Harrison: Deixe-os em paz, vecchia (Ele, parecia divertir-se). Você perturba muito.
Anjélica: Não pedi os seus conselhos.
Harrison: Mas não me proíba de dá-los ( retrucou).
Anjélica apoiou a xícara no pires e levantou-se.
Com a coluna ereta e os ombros aprumados, era o próprio perfil da matriarca ao apanhar a bolsa.
Anjélica: Devo agradecer pela hospitalidade. (Ela manteve as boas maneiras, apesar da voz estar um pouco áspera). Cumprimente Rosa por mim pela excelente refeição.
Vanessa e Zac trocaram olhares e acompanharam a avó dela até o carro.
Van: Dirija com cuidado. ( O conselho gentil tranqüilizou o olhar de Anjélica que deu um tapinha gentil no rosto da neta antes de entrar no carro.
Harrison juntou-se a eles quando o carro de Anjélica sumiu no portão.
Harrison: Mulheres.
A depreciação feminina provocou um sorriso forçado em Vanessa.
Van: Todas as mulheres? (ela tentou recuperar o humor). Ou uma em especial?
Harrison: Anjélica precisa ser menos arrogante. (Ela colocou a mão no cotovelo dele).
Van: Alguma coisa você fez para merecer esta missão, ham?
A resposta risonha dele disse tudo.
Van: Você extrapolou (ela acariciou a bochecha dele). Prometa que não vai correr.
Harrison: Serei um modelo de conduta adequada. (Ele contornou a Ferrari, entrou no carro, deu a partida e saiu acelerando pela entrada da garagem até chegar na avenida).
Vanessa fechou os olhos enquanto Zac massageava os ombros tensos dela.
Zac: Noite interessante.
Van: Você acha?
Eles entraram, e Zac passou a mão pela cintura dela enquanto ligava o alarme de segurança.
Zac: Sarcasmo não lhe cai bem. (A fala mansa dele  tinha um tom de diversão).
Van: Acho que deveria lhe agradecer.
Zac:: Pelo quê, em especial?
Van: Por me salvar.
O olhar dele tinha um brilho duvidoso.
Zac: Como pretende me compensar?
Van: Dispensando a sua ajuda na arrumação da cozinha para deixá-la perfeita como Rosa gosta?
A leve risada dele deixou os nervos dela abalados.
Zac: Não passou nem perto.
Van: Você provavelmente estará dormindo quando eu terminar.
Ele puxou-a para perto dele e beijou sua boca.
Zac: Duvido (disse ele, deixando-a ir e seguindo para o escritório).
Mas o quarto estava vazio quando ela entrou, Vanessa foi direto para o banheiro, removeu a maquiagem, retirou as roupas, vestiu uma camiseta de malha bem larga e enfiou-se nos lençóis.
Ela devia estar adormecida quando se assustou com a mão dele deslizando pela sua coxa e indo em direção ao seio, em seguida sentiu os lábios de Zac tocarem uma de suas regiões mais vulneráveis, a nuca.
Era tão fácil entregar-se a ele, saborear o seu calor, seus músculos masculinos rígidos, sua força. Acreditar, na escuridão, que a intimidade que estavam prestes a dividir significava mais do que o alívio de um desejo. Dele.
Nos braços dele, ela se tornava uma devassa enfeitiçada, desejosa dos toques do seu homem, do êxtase sensual que ele provocava, do desmoronamento e do fogo, quase um sexo pagão.
Cada nervo do seu corpo vibrava com isso, e depois, ela se entregava totalmente a ele. Completa, de um modo que nunca imaginou que fosse capaz.

No outro dia...

O trânsito estava lento e pesado quando Vanessa entrou na cidade, com tantos carros que às vezes tinha que esperar o sinal abrir e fechar duas ou três vezes em cada cruzamento.
Por que existem segundas-feiras, pelo amor de Deus?
Zac saiu de casa uma hora antes. Preferiu começar o dia de trabalho mais cedo e, com isso, deve ter evitado o congestionamento.
Ela tamborilava no volante e tentava se livrar dos pensamentos negativos.
Hilary. Quanto tempo demoraria para a modelo holandesa começar a gravar outro filme?
Em breve. Tinha que ser. Afinal de contas, por que a loura de pernas longas perderia tempo na suposta caça antes de voltar para casa?
Vanessa viu o carro da frente se mover e rezou para conseguir passar pelo cruzamento antes que o sinal fechasse outra vez. Ainda bem que ninguém estava ouvindo. A manhã não estava nada boa, pois seu assistente ligou dizendo que adoeceu de novo e, quando ela pensou que fosse ter uma ajuda no volume de trabalho, Zac entrou em seu escritório... alguma coisa lhe dizia que o dia estava prestes a piorar.
Com terno impecável, sapato italiano feito à mão, uma camisa de algodão exclusiva e gravata de seda, ele era o próprio diretor executivo. Mas era o homem em si que chamava a atenção, ele transmitia uma aura de poder que era invejada e cobiçada por muitos.
Vanessa o observou, mas sua expressão dizia muito pouco.
Van: Suponho que esta não seja uma visita social. Ele pegou o jornal dobrado e entregou a ela.
Zac: Saiu na edição de hoje.
Não era um trecho de um jornal local, ela percebeu, mas um de grande circulação.
Ela foi até a página de fofocas sociais, localizou a foto de Zac e Hilary, leu a legenda e esforçou-se para controlar o nó que sentiu no estômago.
Hilary não perdia tempo.
Vanessa ajeitou-se na cadeira e forçou-se a encarar seu olhar preocupado.
Van: E você pensou em minimizar minha ração? Em me poupar de embaraços futuros? ( Ela continuou). Me oferecer uma explicação?
Zac: Sim (o tom da voz dele era suave e ela resolveu ignorá-lo).
Van: Como... (a pausa foi proposital) ... você é atencioso (foi meio irônca).
Zac: Vanessa.
O nome dela saiu como um murmúrio rouco e ela tinha a nítida sensação que ele queria apertar o pescoço dela.
Van: Não preciso da sua proteção ( disse ela com frieza, sentindo que o olhar dele movia-se com dificuldade diante da raiva contida que ela percebeu por baixo de todo aquele controle dele).
Os músculos da mandíbula de Zac se contraíram.
Zac: Como você é generosa!
Van: A discrição é totalmente sua.
Ela não conseguia mais olhar para ele, não ousaria, com medo de ele perceber o que ela sentia e tentava esconder. Droga, não imaginou que alguma coisa pudesse doer tanto. E era apenas o começo...
Zac deu a volta na mesa, segurou-a pelo queixo com o dedo polegar e o indicador, e levantou-o.
Zac: Só para lembrar ( ele declarou com uma suavidade mortal) a foto foi tirada há cinco anos. O título é pura especulação e o artigo em si ignora completamente a ética jornalística, e é praticamente uma calúnia.
Van: Você está me dizendo isso... por quê?
O silêncio dele pareceu durar uma vida, depois esfregou o dedo no lábio dela e largou-a.
Zac: Já respondi várias perguntas para a imprensa, suponho que eles a procurem em seguida.
Van: Você quer que nossas histórias combinem? Que eu confirme que nosso casamento é sólido como uma rocha? ( Ela não conseguia parar). Que diga que a situação de Hilary não oferece perigo? ( Ela esperou uma resposta). Em outras palavras... quer que eu minta!
Os olhos dele se contraíram.
Zac: Você acabou?
Van: Você tem a minha lealdade (ela respondeu com calma). Será que eu tenho a sua?
Os músculos da mandíbula de Zac se contraíram outra vez.
Zac: Você não tem motivos para duvidar de mim.
Ela fez um esforço para manter a voz firme.
Van: Obrigada por trazer a reportagem para eu ver.
O clima entre eles estava péssimo. Ele deixou transparecer alguma coisa muito ruim através do olhar, mas logo passou.
No momento em que o celular dela tocou avisando que tinha uma mensagem de texto, ela ouviu Zac praguejar ao perceber que ela iria ler.
Ela o estava dispensando. Era preciso, caso contrário desmoronaria na frente dele. Ela não poderia, não permitiria que isto acontecesse.
A prática a ensinou que deveria agir por etapas, e ela levantou uma das sobrancelhas de forma questionadora.
Os olhos dele faiscavam e as feições tornaram-se miais tensas quando ele encaminhou-se para a porta.
Vanessa esperou alguns segundos para ler a mensagem do celular e não acreditou.
“Gostou da foto? Observe este espaço.”
Não havia nome, nada que indicasse o remetente. Hilary? Quem mais enviaria uma mensagem tão cínica?
Ela preocupou-se com o que aconteceria a noite, depois do confronto com Zac no escritório e as mensagens provocativas de Hilary, tantas coisas que deixavam estressada..., pensava enquanto dirigia de volta para casa. Quando chegasse em casa, estaria preparada para a batalha.



Cenas do próximo capitulo....

"Zac: Se você pretende se juntar a mim, é melhor tirar as roupas (falou com tranqüilidade)."

"Zac: Se você pretende brigar, devemos estar em igualdade de condições, não acha?
Ela disse algo impróprio e deu um soco no peito dele.
Van: Eu deveria matá-lo (olhou para as roupas dela e gritou)  OLHE O QUE VOCÊ FEZ."

"Zac: Provoque e eu não responderei pelas conseqüências."



Acho que postarei outro ainda hoje... mas só se tiver alguém pra ler... *-*

Thanks!!!! Kisses!!! Kisses!!!