quinta-feira, 16 de junho de 2011

Capitulo 05

Ao acordar, Vanessa percebeu que estava sozinha naquela cama enorme.
O que foi bom, constatou ao se espreguiçar... e acusou a fraqueza nos músculos, a sensibilidade interna.
Só de pensar no que compartilhou com Zac na noite anterior fez seu corpo se aquecer. Ela deu um gemido, verificou a hora, viu que ainda era cedo e ajeitou o travesseiro, frustrada.
Era sábado, pelo amor de Deus, não havia pressa para se levantar e começar o dia.
Como não conseguiria dormir mais, jogou a coberta para o lado e foi para o banho.
Para o café-da-manhã, escolheu iogurte e frutas frescas, que comeu no terraço.
O sol da manhã aquecia o ar, tornando a brisa agradável e anunciando mais um dia de verão.
Rosa chegou com o café fresco e, juntas, conferiram a programação da semana seguinte. Jantares em casa, com exceção da quarta-feira. Vanessa deu carta branca para Rosa decidir o menu dos jantares.
A requintada culinária de Rosa era sempre elogiada pelos convidados de do casal. Rosa administrava a casa com perfeição e contratava serviços externos sempre que necessário.
Eram quase nove horas quando Vanessa foi para o quarto se trocar. Escolheu uma calça jeans e uma camiseta, o mínimo de maquiagem e prendeu o cabelo com uma presilha de casco de tartaruga. Calçou botas de salto alto, pegou a bolsa e desceu as escadas.
Zac tirou os olhos do laptop quando ela entrou no escritório. Ela percebeu quando ele apertou uma tecla, depois se jogou na cadeira dele.
A calça jeans preta e camiseta idem davam a ele um ar casual, era impossível ignorar o vigor de seus músculos.
Zac: Está de saída?
A fala lenta e profunda mexia com os nervos dela.
Van: Terapia das liquidações ( ela respondeu tranqüilamente).
Uma vida social tão intensa exigia atenção ao guarda-roupa. Um homem poderia usar o mesmo terno várias vezes. Se uma mulher vestisse o mesmo traje duas vezes, isso significaria que ela não tinha dinheiro para comprar um novo. A aparência era tudo, dava uma boa referência para o seu marido no mundo dos negócios.
Os estilistas famosos eram muito requisitados e cobravam verdadeiras fortunas por um traje exclusivo, com consultas e provas só com hora marcada.
Zac: Divirta-se ( o olhar de Zac estava bem-humorado e ela respondeu com um sorriso irônico).
Van: Reze para Estella estar de bom humor.  (A costureira espanhola possuía dedos mágicos quando se tratava de tecido, agulha e linha. Ela também era tagarela e instável, podia machucar nas provas com alfinetes... e sabia recusar clientes com a maior tranqüilidade).
Zac: Quer jantar em casa ou fora?
Van: Em casa. Você avisa a Rosa?
Zac: Eu vou cozinhar.
O fato de ele saber cozinhar, e bem, não a surpreendia mais.
Van: Certo.
Ele a acompanhou até a porta e inclinou a cabeça desconfiado.
Zac: Esqueceu uma coisa. ( ele tocou o rosto dela com as duas mãos, beijou-a levemente e, em seguida, intensificou o beijo. Ela retribuiu à medida que ele a fazia lembrar das boas coisas da noite anterior).
Quanto tempo demorou? Alguns segundos?
Não conseguia pronunciar nenhuma palavra quando ele a soltou. Teve que se controlar quando o polegar dele acariciou seu lábio inferior.
Droga. Não queria parecer tão vulnerável. No entanto, bastava ele tocá-la para desmoronar.
Zac: Vá, aproveite o seu dia. (Ele fez uma pausa). Só tem um problema. Você tem que retocar o seu batom.
Retocar não adiantaria, ela teria que passar outra vez o batom. Ela olhou-o contrariada.
Zac: Pode me morder.
Ela ainda podia ouvir a agradável gargalhada dele enquanto manobrava seu BMW na garagem e coloca¬va um CD, aumentando o volume e saindo pelos portões em direção à estrada.
Estella trabalhava em uma casa de estilo antigo onde os quartos foram transformados em salões de moda. Estacionar não era um problema, e Vanessa cumprimentou o recepcionista quando entrou na portaria.
Em minutos, uma senhora de meia-idade e vestida de forma extravagante apareceu na porta. Os cabelos vermelhos não tinham nada de discreto e a maquiagem beirava o absurdo.
Estella: Você está atrasada.
Van: Estou no horário ( Vanessa afirmou com educação e olhou de forma arrogante).
Estella: Você se atreveria a me contrariar?
Van: Talvez pudéssemos admitir que nossos relógios não estão sincronizados.
Ela moveu uma das sobrancelhas com desdém.
Estella: Meu relógio está certo. Siga-me. (Vanessa dirigiu-se à sala de provas).
Estella: Retire suas roupas. Sem conversas, não gosto de conversa fiada.
Bege, cinza claro ou marfim. Quem teria imaginado?
Vanessa observava enquanto Estella manuseava o maravilhoso crepe de seda, alfinetava, dobrava... tudo isso resmungando.
Estella: Ninguém tem isso. O tecido, o estilo... (a mulher fez sinal com uma das mãos).  Seu cabelo, solte-o, vai dar movimento. ( Ela retirou a presilha). Pouca jóia, o vestido é o foco da atenção. Sapatos cinza claro, de saltos finos e altos. Vou lhe dar uma amostra do tecido para você comprar o sapato na cor certa e que combine. Agora, troque-se e vá. Próxima semana no mesmo horário.
Café, Vanessa decidiu, assim que recolocou os óculos escuros e acomodou-se no seu carro. Quente, forte, preto e doce em um dos cafés da redondeza. Aí, sim, procuraria os sapatos antes de ir para o cabeleireiro.
Já passava de uma hora quando ela guardou os vários pacotes embrulhados para presente no porta-malas do carro. Ainda tinha algumas coisas para fazer, mas seria mais sensato se parasse para almoçar.
Havia uma rua próxima que abrigava vários cafés sofisticados. Ela escolheu um, pediu uma bebida gelada e um sanduíche aberto com salada, folheou um dos complementos do jornal enquanto comia... e tentou não ficar chocada quando viu uma foto de Hilary saltar da página.
Correção. Hilary e Zac, no palco, fotografados em um abraço momentâneo.
Vanessa esforçou-se para ler a legenda da foto... e empurrou o prato.
Como se não bastasse os quase mil convidados terem presenciado a atitude deliberada de Hilary, agora o incidente podia ser visto pelo estado inteiro. Ou em todo o EUA, se outros jornais também publicassem a foto.
Ela murmurou umas palavras impróprias para damas. As dúvidas, no fundo sempre presentes, começaram a aparecer e invadir seus pensamentos.
Droga. O amor não deveria doer dessa maneira.
Gastar dinheiro, bastante dinheiro, era uma prerrogativa das mulheres em momentos de estresse. Lá estavam aqueles sapatos de salto alto que desejou e não comprou.
Tinha condições de comprá-lo. Vários pares. A loja inteira, se sentisse vontade.
Com aquela idéia na cabeça, pegou a bolsa, pendurou-a nos ombros, pagou a conta, saiu para a rua... e deu de cara com Hilary.
O dia, que já não estava bom, conseguiu ficar pior ainda.
Hilary: Vanessa! (a atriz demonstrou surpresa). Que inesperado.
Pensamento de Vanessa: Sério? Na sofisticada rua de LA, sábado, fazer compras e cuidar da aparência, era a intenção de quase toda mulher... não era preciso pensar muito.
O que significava que Hilary tinha um objetivo.
Vanessa censurou-se por ter sido cínica.
Van: Hilary. (Ela deveria ser civilizada e educada... por ora).
Hilary: Vamos tomar um café?
Você realmente acha que vou cair nessa? (Vanessa pensou)
Van: Obrigada, mas não temos nada para conversar.
Hilary: Nem uma desculpa esfarrapada de estar atrasada para um compromisso? (ela arqueou as sobrancelhas). Com medo do que eu possa falar, querida?
Confronto, ou uma saída silenciosa? Seria verbal, com certeza.
Van: Aproveite a caça, Hilary.
Hilary: Vai direto ao ponto? ( Houve uma pausa intencional). Não se incomode traçando táticas de batalha.
Van: Perda de tempo.
O sorriso de Hilary foi sem graça.
Hilary: Fico satisfeita que concorde, querida.
Saia, agora. (Vanessa se ordenou em pensamento) Ela deu um passo e logo em seguida foi detida abruptamente quando a triz segurou o seu braço.
Hilary: Não subestime a química da atração sexual.
Vanessa ainda tentou mais uma vez.
Van: Sua... ou minha?
Grrr. Ela queria socar alguma coisa, mas essa não era atitude para se tomar em público.
Em vez disso, dirigiu-se à butique de sapatos, fez as compras, foi à manicure, à pedicure e cuidou da pele.
Depois de ter feito tudo isso, já passava das cinco horas da tarde quando finalmente estacionou o carro em casa e retirou todos os seus pacotes de compras.
Estava na sala, quase subindo as escadas, quando Zac apareceu.
Zac: Quer ajuda com os pacotes?
A fala mansa dele colocou-a na defensiva. Assim como sua aproximação. zAC estava de barba feita, banho tomado e vestia calça preta e uma camisa com as mangas dobradas até a altura dos cotovelos.
Van: Não precisa.
Ela sentiu falta daquela expressão de prazer nos olhos dele enquanto ele examinava as feições dela.
Zac: Venha comer a salada quando estiver pronta.
Van: Certo.
Ele observou-a subir as escadas, não podia deixar de notar cada detalhe, o leve balanço das quadris por baixo do jeans e a contração dos ombros que carregavam as sacolas das compras.
Ela era uma pessoa esforçada. Tinha força de caráter, integridade, orgulho... e era vulnerável. Uma combinação que ele achava intrigante.
Quando Vanessa entrou na cozinha, encontrou uma taça de vinho gelado sobre a bancada. Ela demorou um pouco para desempacotar e guardar as compras, tomar um banho, vestir uma calça e uma elegante camiseta, tirar as sandálias de salto alto e passar um brilho cor-de-rosa nos lábios.
Zac pegou a taça e estendeu para ela.
Zac: Para você.
Van: Acha que estou precisando?
Ele pegou a taça dele e fez um brinde.
Zac: Saúde.
Vanessa ficou pensativa: Ela queria aproveitar aquela tranqüila cumplicidade que dividiam e usufruir o que seria apenas o início da noite. Saber que poderia perder-se nele e depois emergir inteira.
Só que teria que lidar com o fantasma de Hilary se metendo entre eles. Será que o que ele dividiu com a atriz no passado chegava perto do que dividia com ela agora!
Só de pensar no corpo de Zac entrelaçado e preso ao corpo de Hilary nas convulsões do sexo, sentia-se destruída.
A imaginação criativa estava rapidamente se tornando sua principal inimiga. Ela tinha que lutar para controlar-se, ou estaria perdida.
Finja. Uma voz interna ordenou. Você é boa nisso.
Um agradável aroma subia da pequena panela no fogão e ela aproximou o nariz para sentir.
Van: Molho marinara?
Zac: Sim. Quer escolher a massa?
Ela não pensou duas vezes.
Van: Fettuccine.
Com movimentos coordenados, ele retirou um pacote de massa da despensa e despejou em uma panela com água fervendo, diminuiu o fogo e virou-se para ela.
Zac: Como foi o seu dia?
Você nem queira saber. (pensou ela, mas ele a conhecia muito bem, e viu que não estava bem).
Van: Ótimo, até Hilary entrar em cena. (Ele fez uma careta).
Zac: Você se importaria em explicar?






Cenas do próximo capitulo...
"Van: Ela tem uma missão. Não é verdade? E está determinada a se dar bem."

"Vanessa estava quase dormindo quando percebeu a presença de Zac, e aninhou-se nos braços dele quando ele se deitou.
Pele quente, músculos fortes, ele era intensamente másculo. Na escuridão, ela poderia fingir que o desejo e a necessidade eram a mesma coisa, quando ele aconchegou os lábios nas curvas do pescoço dela."







Vocês querem outro capitulo ainda hoje???

Beijos Amores!!!

8 comentários:

  1. clarooooooo que eu quero outro cap
    vc ainda pergunta? kkkkk amei amei
    essa hilary e uma cobra muuito venenosa
    aff` posta logo bjs.

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  2. LIIINDOOOOO
    Desculpa não comentar no capitulo anterio..
    Estava perfeito...
    Esse também estaa
    Lindo... Que vontade de estragulas a hillary...
    Quero o PROXIMOOO
    postaa
    xoxo

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  3. claroooooo que sim hehe
    o cap ficou perfeito
    adoro suas historias
    todas são lindas e muito envolventes
    posta logo mais,please
    bjs

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  4. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
    Que perfeito!
    Ai que raiva da Hillary!
    Se eu fosse a V eu não teria esse alto controle todo com a Hillary!
    O cap ficou incrível!
    Amei
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    Bjos amorê

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  5. mto bom o capitulo...a-mei seu blog é mo bom...
    postah logoh..to curiosa pra saber o resto da historia.
    bjss

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  6. SImmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

    posta outro logo por favor!

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